Parte 3: Um Guia de Projetos Utilizando o OP Stack

Minecraft na blockchain, Camada de Ativos para Redes Sociais, Ecossistema de Games e outras appchains à caminho do OP Stack...

Bem-vindos de volta à terceira parte do nosso Guia de Projetos com o OP Stack.

Nas partes anteriores do nosso guia (parte 1 e parte 2), mergulhamos no ecossistema em expansão dos projetos que adotaram o OP Stack como base para suas soluções de segunda (e até terceira) camada no Ethereum. Vimos uma ampla gama de iniciativas, desde as bem conhecidas - como a própria Base -, até aquelas que estão ganhando destaque silenciosamente no cenário blockchain, como a Aevo.

No entanto, nossa jornada pelo OP Stack está longe de terminar.

Looking Lil Dicky GIF by DAVE

A medida que continuamos explorando esse universo, nos deparamos com novos projetos no horizonte que estão moldando o futuro das soluções de escalabilidade na blockchain Ethereum. Dizemos isso porque grande parte dos projetos usando o OP Stack não estão preocupados “só” com o agora, pelo contrário, a visão parece ser, muita vezes, de longo prazo, envolvendo a SuperChain e um ecossistema de liquidez unificada.

Nesta terceira parte, olharemos ainda mais longe no horizonte para destacar outros projetos que estão construindo em pleno bear market e, para isso, estão utilizando o conjunto de ferramentas da Optimism, o OP Stack.

Alguns desses projetos podem ser novos para você, enquanto outros já podem estar em seu radar, mas independentemente disso, todos compartilham uma visão comum: aproveitar as vantagens do OP Stack para impulsionar a eficiência, a acessibilidade e a escalabilidade da Ethereum.

À medida que exploramos cada um desses projetos, você notará que a modularidade do OP Stack continua desempenhando um papel fundamental. Cada projeto personaliza e adapta as ferramentas do OP Stack para atender às necessidades específicas de seu projeto (como por exemplo usar a Celestia como camada de disponibilidade de dados), demonstrando a flexibilidade dessa abordagem de desenvolvimento usando o OP Stack:

Enfim, aqui está então, a parte 3 do Guia de Projetos Utilizando o OP Stack.

A Molten Network e a Magma Testnet fazem parte da UniDex, um protocolo DeFi que busca facilitar a negociação de criptomoedas, por meio do oferecimento de uma melhor experiência de negociação para os usuários, agregando informações e recursos de vários outros protocolos. A UniDex atua como um hub para traders, permitindo que eles acessem as melhores taxas e cotações disponíveis para suas negociações e trades, e isso é feito roteando as transações para a melhor taxa possível, comparando os preços de centenas de fontes pelo ecossistema.

Em 1 de abril de 2023, a UniDex anunciou que iria criar sua própria app chain utilizando o OP Stack, e apelidou a rede de testes de Magma Testnet.

Assim como em outros projetos, a ideia ao criar sua própria rede é oferecer transações mais rápidas e seguras, com taxas infinitamente menores. Basicamente, oferecer uma melhor experiência para o usuário.

No anúncio da Magma, a UniDex ainda disse acreditar que o futuro do ecossistema muito provavelmente será marcado por app chains criando uma experiência mais efetiva aos seus produtos, ao mesmo tempo em que deixa a camada base para atividades gerais (um caminho que, conforme se percebe por esses guias, vários projetos estão acreditando).

Apesar de ainda estar em fases de testes (Magma Testnet), a versão principal já tem nome, Molten Network, e, muito provavelmente, será lançada ainda em 2023.

Em post no X, o projeto já disse que fará parte da SuperChain da Optimism, podendo, então, se beneficiar dessa liquidez unificada:

Além disso, no próprio site da Molten, há a menção que uma parte da receita da rede será destinada à bens públicos, alinhando ainda mais o projeto com os ideias da SuperChain.

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Interagiu com vários protocolos DeFi e está perdido? O DeBank pode ser sua solução com seu rastreador de portfólio (assim como a Zapper e a Zerion). Mas, aparentemente, essa não é a versão final do protocolo…

Não suficiente com seu rastreador de portfólio, em agosto desse ano o DeBank anunciou sua própria rede, a DeBank Chain, com o objetivo de se tornar a Camada de Ativos para Redes Sociais. Para tanto, o projeto disse que seu foco será reduzir as taxas de gás, bem como oferecer uma experiência melhor aos usuários, muito pautada em abstração de contas.

A rede almeja utilizar a estrutura do OP Stack da Optimism, porém com algumas modificações no mecanismo de consenso para reduzir ainda mais os custos relacionados ao protocolo. Além disso, a melhoria da experiência do usuário virá como uma preocupação nativa na rede, já que alguns pilares de abstração de contas já virão na camada base da rede.

A sua previsão de lançamento é só para meados de 2024, mas muitos já especulam a possibilidade de um airdrop do protocolo, ainda mais com a necessidade de descentralização e governança dessa nova rede.

Logo mais lançaremos um guia completo do DeBank, mostrando cada uma de suas funcionalidades e como os usuários podem aproveitar o protocolo, fique de 👀 👀

Antes de abordar sobre a Loot Chain, vale entender o que é o projeto Loot. Se você já está no ecossistema cripto há um tempo, muito provavelmente já ouvir falar sobre ele, mas caso não tenha, o Loot é um projeto cripto que surgiu em 2021 com as “Loot Bags”, isto é, NFTs que representam itens de jogos de RPG, como espadas, armaduras e poções.

Acontece que esses NFTs são gerados de forma descentralizada, aleatória e, na maior parte dos casos, possuem só representações de palavras, como vemos abaixo:

Loot Project: the first community owned NFT gaming platform

Muitas vezes, inclusive, essas palavras não costumam fazer tanto sentido para quem observa a coleção sem conhecer mais sobre o projeto. Contudo, desde a sua criação o Loot se proliferou bastante, criando até mesmo o Lootverse, ou seja, o universo em expansão das “Loot Bags” e seus itens. Isso porque qualquer pessoa pode construir utilizando os NFTs da Loot como base, impulsionando a experimentação da comunidade cripto e da cultura de jogos.

A ideia central era tornar o projeto a base de um ecossistema de jogos no metaverso e, eventualmente, uma DAO foi criada dentro do projeto, a Adventure Gold, com o token $AGLD.

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Acontece que essa DAO Adventure Gold, em conjunto com a Caldera, um serviço de criação de rollups (bastante similar à Conduit, explicada na parte 2 do guia) decidiram criar a Rede Loot, com o objetivo de ser a rede de referência para jogos, ferramentas e outras criações dentro do Lootverse, ou seja, dentro do ecossistema da Loot. O racional por trás disso era muito simples, as altas taxas de gás da Ethereum, dificultavam o crescimento e escalabilidade no ecossistema da Loot.

Assim, surgiu a ideia de criar uma rede de segunda camada (L2) especificamente para servir como fundação para o Lootverse, de modo que outros projetos possam construir em cima dessa rede e crescer ainda mais a Loot.

Para a construção da rede, que já foi inclusive lançada, o projeto, em parceria com a Caldera, adotou o OP Stack e fez algumas modificações que melhor adequavam ao uso pretendido, por exemplo utilizar a Polygon como camada de disponibilidade de dados.

Isso sem contar que, como descrito no próprio anúncio da Rede Loot, a ideia é que ela seja adaptável às necessidades dos builders, sendo, portanto, “flexível ao ecossistema em rápida evolução de blockchain”.

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O Rollux é um projeto de layer 2 dentro do ecossistema da Syscoin, que utiliza um fork do OP Stack e é o primeiro rollup que usa como base de segurança o Bitcoin. Ou seja, o Rollux utiliza:

  • Syscoin para finalização de bloco e disponibilidade de dados;

  • OP Stack para construção e compontens da base da rede;

  • Bitcoin e mineração para sua segurança.

Segundo o site do projeto, o Rollux oferece algo que ninguém mais possui: Segurança inquestionável, velocidade, descentralização e acessível.

Além disso, como o Rollux utiliza o OP Stack, ele é compatível com a Máquina Virtual da Ethereum (EVM), possuindo taxas mais baratas, maior escalabilidade e segurança do próprio Bitcoin.Isso é importante pois o projeto almeja ser a ponte com menor fricção entre os desenvolvedores da Ethereum e o Bitcoin.

O token nativo da rede é o próprio token de governança da Syscoin ($SYS). Isso pode acabar impedindo eventual airdrop, contudo, um ponto interessante do projeto é que o stack do Rollux foi projetado para ter suporte à vários tipos de rollups (otimistas e zk).

O time por trás do projeto é a Sys Labs, uma espécie de empresa de desenvolvimento de infraestrutura para a web3. O projeto já é até bastante antigo e começou em 2014 com a Syscoin (um fork do próprio Bitcoin).

O Rollux já se encontra em mainnet beta atualmente. Se você tiver interesse em interagir, pode procurar pela bridge oficial do projeto.

Announcing OPCraft: an Autonomous World built on the OP Stack

OPCraft é, literalmente, um projeto de ter o jogo Minecraft na blockchain, ou melhor da criação de um mundo 3D voxel na blockchain. A ideia foi anunciada ainda em 2022 no próprio blog da OP Labs, ou seja, já é relativamente antiga.

O projeto utilizou a tecnologia do OP Stack, com uma pequena modificação para melhor escalabilidade e tempos de bloco mais rápidos, e ferramentas desenvolvidas pela Lattice (uma empresa que foca na criação de mundos autônomos virtuais).

O OPCraft é, então, um mundo virtual onchain, isto é, onde cada aspecto (bloco de mato, de terra, neve…) está registrado na blockchain. Assim como em outros casos, o uso do OP Stack também foi para aumentar a escalabilidade e baratear as taxas relacionadas a Ethereum, além de contar também com seus blocos que permitem a modularização da chain.

O projeto foi lançado como um experimento em 18 de outubro de 2022 e ficou aberto até 31 de outubro do mesmo ano para os participantes realizarem modificações e criações no mundo aberto. Ao final dessa data, o mundo foi “congelado” e as estruturas e artes foram imortalizadas.

Ficamos por aqui…

…essa foi a Parte 3 do Guia de projetos usando OP Stack. Semana que vem soltaremos a última parte (por hora) do nosso guia, trazendo não só mais alguns nomes que estão utilizando o OP Stack, mas também outros projetos de infraestrutura com base no OP Stack para construírem suas próprias soluções (como a própria Magi, que possui a a16z por trás).

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