🔲 Visa paga em stablecoins & JPMorgan tokeniza na Base

Visa leva pagamentos em USDC a criadores e freelancers e acelera a adoção real das stablecoins; JPMorgan lança seu token de depósito na Base e empurra Wall Street pro on-chain; e no Brasil, o Congresso quer frear o BC e suas novas regras cripto.

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(Mais inevitável que Pix cair na conta errada e voltar em stablecoin.)

Edição #133 — quarta, 12 de novembro de 2025.

  • 💳 Visa lança pagamentos diretos em stablecoins — Criadores e freelancers poderão receber em USDC via Visa Direct, com liquidação quase instantânea e sem fronteiras.

  • 🏦 JPMorgan lança token na Base — O JPM Coin chega à L2 da Coinbase: transferências 24/7, juros e integração com a própria exchange.

  • ⚖️ Deputado tenta barrar regras do BC para stablecoins — Rodrigo Valadares (União-SE) acusa o BC de extrapolar sua autoridade; PDL pode travar as resoluções recém-publicadas e abrir disputa inédita entre Congresso e Banco Central.

  • 🪙 Stablecoins prontas pra acender — O SSR atinge o menor nível desde o fundo de 15k; poder de compra estacionado e liquidez represada — o pavio está pronto, só falta a faísca. ⚡️

  • 🕵️ Pepe Holmes — “Ouro, Dívida e Infraestrutura: As Três Eras do Valor” (por Emanuel Souza). Do padrão-ouro ao Bitcoin, um ensaio sobre como o poder migrou dos cofres para os cabos — e como a descentralização virou o novo campo de disputa global.

  • 💬 Piada do dia: “Visa paga em USDC, JPM vai pra Base e o BC quer limite — o bull tá regulado, mas vivo.”

Let’s gole? ☕️

🦓 Esta edição é trazida pela Zcash. Agora, ZEC está disponível na Hyperliquid: privacidade encontra performance. Negocie o ativo privado e proteja sua liberdade financeira. ⚡️

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Visa inicia pagamentos em stablecoins e promete revolução para criadores e freelancers

A Visa lançou um novo piloto que permite o envio de pagamentos diretamente em stablecoins, começando pelo USDC da Circle. O programa, anunciado no Web Summit em Lisboa, possibilita que empresas usem o Visa Direct para enviar valores em moeda fiduciária, enquanto os destinatários optam por receber os fundos em stablecoins — com liquidação quase instantânea e sem fronteiras. O foco inicial são criadores de conteúdo, freelancers e trabalhadores da economia digital que enfrentam atrasos e altas taxas em transferências internacionais.

A iniciativa é parte da estratégia da Visa de integrar ativos digitais ao sistema financeiro tradicional. Desde 2020, a empresa já movimentou mais de 140 bilhões de dólares em cripto e stablecoins, e hoje opera mais de 130 programas de cartões vinculados a stablecoins em 40 países. Segundo a Visa, a novidade pode reduzir custos, ampliar o acesso financeiro em regiões com moedas instáveis e abrir caminho para um futuro em que “qualquer pessoa, em qualquer lugar, possa receber em minutos, não em dias”. O lançamento global está previsto para a segunda metade de 2026.

JPMorgan lança token na Base e acelera tokenização bancária

O JPMorgan Chase deu um passo histórico no setor financeiro ao lançar o JPM Coin (JPMD) — um token de depósito digital lastreado em dólares e disponível inicialmente na Base, blockchain pública da Coinbase, segundo a Bloomberg. Voltado para clientes institucionais, o ativo permite transferências instantâneas e liquidação 24/7, marcando a primeira integração direta entre um grande banco tradicional e uma rede pública de blockchain.

Diferente das stablecoins, os tokens de depósito representam dinheiro já mantido em contas bancárias e podem render juros, oferecendo uma nova opção para investidores institucionais. O lançamento, testado com Mastercard, Coinbase e B2C2, será expandido para outras redes e moedas após aprovação regulatória. A moeda digital também poderá ser usada como colateral na própria Coinbase, reforçando o elo entre bancos e cripto. A iniciativa confirma a guinada de Wall Street — e do próprio Jamie Dimon — rumo à tokenização de depósitos e integração com o ecossistema on-chain.

‘Abuso de poder’ — Deputado parte pra cima do BC e quer derrubar regras das stablecoins

O deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE) abriu um embate direto com o Banco Central ao apresentar um projeto de decreto legislativo (PDL 1.007/2025) que tenta sustar as novas resoluções sobre o mercado de criptomoedas. Para ele, o BC extrapolou sua autoridade ao enquadrar stablecoins como operações de câmbio, decisão que, segundo o parlamentar, “transforma profundamente a arquitetura financeira nacional” e pode abrir brechas para cobranças de IOF e insegurança jurídica.

Valadares alega que o Marco Legal das Criptomoedas (Lei nº 14.478/2022) não autoriza o Banco Central a equiparar stablecoins a moedas estrangeiras, e que a regulação deveria ser feita por lei, com debate no Congresso. O projeto ainda precisa passar por comissões antes de ir a plenário, mas já sinaliza uma disputa inédita entre Legislativo e BC sobre os limites da regulação cripto no país. Se aprovado, o decreto pode suspender imediatamente as normas recém-publicadas — e reacender a discussão sobre quem deve definir o futuro das stablecoins no Brasil.

🪙 Stablecoins em ponto de ignição

O Stablecoin Supply Ratio (SSR) atingiu o nível mais baixo desde o fundo dos US$ 15 mil, indicando alto poder de compra acumulado no mercado.

Com tanta liquidez parada em stablecoins — e yields cada vez menores na renda fixa on-chain — basta um gatilho macro positivo para esse capital migrar para risco e acender um novo rally no Bitcoin.

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🦓 Zcash chega à Hyperliquid: privacidade com performance on-chain ⚡

A Zcash (ZEC) agora está disponível na Hyperliquid, unindo privacidade e performance em um novo padrão para o trading on-chain.
Pioneira em zero-knowledge proofs (zk-SNARKs), a Zcash leva sua tecnologia de transações privadas para uma das plataformas de derivativos mais avançadas do ecossistema DeFi.

Com os contratos perpétuos de ZEC, traders podem operar com alavancagem, liquidez e total transparência, mantendo o controle sobre sua privacidade.
A integração marca um avanço importante para as moedas de privacidade, conectando a segurança criptográfica da Zcash à eficiência modular da Hyperliquid.

📈 Os dados on-chain já mostram aumento de uso e interesse institucional — sinal de que o mercado reconhece a privacidade como pilar da liberdade financeira.

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Ouro, Dívida e Infraestrutura: As Três Eras do Valor 

Se o século XX foi regido pelo padrão-ouro e o XXI pelo padrão-dívida, o que

desponta agora é um paradigma de interdependência tecnológica, em que o poder financeiro se apoia em infraestrutura digital, dados e energia. 

Contudo, à medida que Estados, bancos e grandes fundos passam a incorporar o Bitcoin em seus portfólios, a promessa de descentralização enfrenta o risco de uma nova forma de concentração — não mais física, mas algorítmica e institucional. A mineração concentrada em poucos pólos energéticos, a custódia das exchanges e o controle regulatório sobre stablecoins mostram que, mesmo na era criptográfica, o poder tende sempre à hierarquia. 

A Era do Ouro — A fé mineral 

A relação entre o ouro e o valor antecede o capitalismo. Desde a Antiguidade, o metal foi visto como substância incorruptível — o símbolo do que resiste ao tempo. Egípcios o enterravam com os faraós, incas o chamavam de suor do sol, gregos o associavam à carne dos deuses. Antes mesmo da palavra “valor”, o ouro já cintilava como medida de permanência. No século XIX, a Inglaterra transformou essa herança simbólica em sistema: o padrão-ouro. Cada moeda emitida correspondia a uma quantidade física de ouro guardada em cofres. O valor, portanto, repousava sobre algo tangível, finito, verificável. 

O sistema oferecia estabilidade, mas também criava dependências. Economias sem reservas metálicas tornavam-se reféns dos centros que as possuíam. Durante a Grande Depressão, em 1933, os Estados Unidos chegaram a proibir a posse privada de ouro para proteger suas reservas — um gesto que revelou o paradoxo entre liberdade de mercado e controle monetário. Em 1944, o Acordo de Bretton Woods selou a hegemonia do dólar, fixando sua conversão em ouro a 35 dólares por onça. Assim, o ouro sustentava o dólar, e o dólar sustentava o mundo. 

A Era da Dívida 

O equilíbrio durou pouco. Em 1971, Richard Nixon rompeu a conversibilidade do dólar em ouro, encerrando Bretton Woods e libertando o dinheiro de qualquer lastro físico. Era o início do padrão-dívida. 

A nova ordem baseava-se na criação de crédito e na expansão da confiança. Bancos e governos passaram a emitir riqueza futura — promessas de pagamento, títulos, derivativos — convertendo tempo em ativo. O crédito se transformou no motor do crescimento global, e a economia passou a depender mais das expectativas do que da produção. 

Nas décadas de 1980 e 1990, com a desregulamentação financeira e o avanço da globalização, o capital passou a circular em velocidade inédita. Países endividaram-se para

financiar o próprio desenvolvimento, enquanto empresas e indivíduos tornaram-se prisioneiros de empréstimos, hipotecas e cartões. O mundo inteiro passou a viver do adiamento: gastar hoje o que só existiria amanhã. 

O limite desse modelo tornou-se evidente em 2008, com o colapso do mercado imobiliário norte-americano. Durante anos, bancos e fundos haviam transformado hipotecas em derivativos complexos, multiplicando artificialmente o crédito e convertendo dívidas em ativos negociáveis. Essa engenharia financeira sustentava uma economia baseada em expectativas — um sistema em que a circulação do valor importava mais do que sua origem. Quando os pagamentos das hipotecas começaram a falhar, a estrutura ruiu em cascata, revelando a fragilidade de um capitalismo cada vez mais fictício, capaz de gerar riqueza contábil, mas não material, dependente da confiança na própria ficção produzida. 

A Era da Infraestrutura 

Com o fim do lastro físico, o valor deixou de habitar cofres para habitar redes. A economia global passou a depender da infraestrutura tecnológica que sustenta a circulação da informação — cabos submarinos, data centers, satélites e semicondutores. Nos anos 1990, a internet consolidou esse deslocamento. As finanças tornaram-se instantâneas, as bolsas interconectadas e o capital, onipresente. 

O século XXI inaugura, assim, o padrão-infraestrutura: um regime em que o valor deriva da capacidade de processar dados e energia. Quem controla o lítio, os chips e os algoritmos controla as condições materiais da economia digital. 

A crise de 2008 abriu espaço para uma resposta simbólica e técnica: o Bitcoin, lançado em 2009, propôs uma alternativa ao sistema da dívida — uma moeda sem Estado, sem bancos e sem centro. Se o ouro garantia valor pela escassez e o dólar pela autoridade, o Bitcoin o faz pela verificação criptográfica e pelo gasto energético como prova de confiança. 

Mas, como toda promessa de descentralização, o projeto logo encontrou seus limites. A mineração se concentrou em regiões com energia barata e regulação flexível, a liquidez, em poucas exchanges globais. A ascensão das stablecoins — atreladas ao dólar e emitidas por grandes empresas — e a adoção do Bitcoin como reserva por governos e fundos soberanos indicam o retorno do poder institucional. O que nasceu como experimento libertário está sendo progressivamente incorporado ao sistema financeiro internacional, passando a funcionar como instrumento de diversificação e segurança, não de ruptura. A descentralização torna-se, assim, o novo campo de disputa do poder global. 

Do Ouro ao Código — As Consequências do Valor 

Cada transformação do valor redefine as formas de poder. O padrão-ouro consolidou os impérios industriais e coloniais. O padrão-dívida estruturou o capitalismo financeiro e

globalizado. O padrão-infraestrutura inaugura uma economia regida por dados, energia e conectividade. 

A soberania, antes medida por territórios e reservas metálicas, hoje depende da capacidade de manter infraestruturas autônomas — energéticas, digitais e informacionais. O poder deslocou-se para sistemas tecnológicos capazes de processar e armazenar dados em escala planetária. O resultado é um regime híbrido: menos visível que o padrão-ouro e mais difuso que o padrão-dívida, mas igualmente concentrador. 

O Bitcoin surgiu como reação a essa lógica. Ao propor uma moeda sem intermediários, fundada na validação coletiva e no gasto energético como prova de confiança, buscou romper com o poder central do crédito e devolver ao indivíduo a soberania sobre o valor. No entanto, à medida que ganhou escala, os próprios mecanismos de descentralização tornaram-se vetores de concentração. O que começou como promessa de autonomia tecnológica está cada vez mais integrado à arquitetura financeira global. 

Entre o ideal descentralizado do Bitcoin e a tendência histórica de centralização delineia-se o campo político do século XXI. Neste cenário, o futuro do valor dependerá menos da inovação tecnológica e mais de quem controla as infraestruturas que a sustentam. É nesse embate — entre redes abertas e poderes centralizados — que se desenha o próximo capítulo da economia mundial.

*Emanuel Souza é escritor e copywriter | Poeta | Explorando a linguagem e a cultura blockchain. Siga o seu perfil no Twitter.

Pepe Holmes é a coluna de opinião da DailyNews, escrita por builders e entusiastas do universo cripto. As ideias expressas são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, a visão da Modular Crypto.

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