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(Mais inevitável que multa da Receita em bull market.)

☕ Edição #136 — segunda, 17 de novembro de 2025.

• 💰 Receita Federal endurece e adota padrão global em cripto — DeCripto substitui a IN 1888 a partir de 2026, alinhando o Brasil ao CARF/OCDE, ampliando quem precisa reportar (inclusive plataformas estrangeiras com PIX e foco em BR) e elevando o nível de transparência e punição para mau reporte.

• 🪙 Aave lança app de rendimento e vira primeiro DeFi regulado na Europa — “Poupança” on-chain com yield de 5–9%, proteção de saldo e depósito via banco/cartão, enquanto o produto Push elimina a dependência de exchanges para converter euro em stablecoin sob o MiCA.

• 🟣 BitMine amplia tesouraria em ETH em meio ao aperto de liquidez — Mais 54k ETH vão pro balanço (quase 3% do supply), Tom Lee vê a queda como “QT cripto” temporário e reforça a tese de tokenização como próximo vetor de valor do Ethereum até 2026.

• 📊 Short-term holders no sufoco — padrão clássico de fundo — Quase todos que compraram BTC nos últimos 155 dias estão no prejuízo, nível só visto em choques como FTX; dor concentrada no “dinheiro impaciente” costuma anteceder retomadas quando a liquidez volta.

• 🕵️ Pepe Holmes — Modular no Governance Day: insights que moldam as DAOs (por Beni). Cobertura direta da Devconnect Argentina: modelos híbridos de governança, delegação ativa, accountability e o papel da América Latina como laboratório de novas estruturas sociais on-chain.

• 🎥 Vídeo do dia — ArbiLink Brasil completo. As palestras e painéis do encontro oficial com a Arbitrum e GMX em São Paulo, agora em versão full no YouTube pra quem quer ver como a comunidade LATAM está empurrando o ecossistema on-chain.

• 💬 Piada do dia: “Receita quer ver tudo, Aave vira banco cripto e BitMine compra o dip — o único anônimo agora é o lucro não realizado.”

☕️ Let’s gole?

⚠️ Perdeu a edição de sexta? Sem problemas, ouça o podcast enquanto curte a edição de hoje.👇

BitMine amplia aposta em Ethereum enquanto Tom Lee aponta “aperto de liquidez” como causa da queda

A semana foi dura para o mercado, mas não para a BitMine Immersion, que adicionou mais 54 mil ETH ao seu balanço — cerca de 173 milhões de dólares — elevando suas reservas para quase 3,6 milhões de ETH, perto de 3% de todo o supply da rede. A empresa, que já é o maior tesouro corporativo de ETH do mundo, também reforçou sua posição de caixa para mais de 600 milhões de dólares, mantendo uma estratégia agressiva de acumulação mesmo enquanto o mercado esfria. Para Tom Lee, chairman da BitMine e cofundador da Fundstrat, o recuo dos preços não indica topo de ciclo: ele atribui a fraqueza atual a um colapso de liquidez após o crash de outubro, possivelmente causado por um grande market maker reduzindo presença — um tipo de “QT cripto” que, segundo ele, já ocorreu em outros ciclos e tende a durar algumas semanas.

Apesar das críticas e da turbulência, Lee mantém a tese de que o ciclo ainda deve se estender até 2026 ou além, destacando a tokenização como próximo grande vetor de valor do Ethereum. Ele argumenta que o mercado ainda subestima o potencial de transformar ações, títulos e imóveis em instrumentos digitais nativos, criando liquidez contínua e mais transparência para emissores e investidores. Mesmo com vozes céticas questionando o “moat” do Ethereum frente a rivais, a BitMine reforça que está posicionada para capturar esse movimento — e, no curto prazo, vê a queda atual mais como uma retirada temporária de liquidez do que como o fim do ciclo.

Aave lança app de rendimento e se torna o primeiro protocolo DeFi regulado na Europa

A Aave está abrindo duas frentes que recolocam o DeFi no jogo do varejo global: um app de “conta poupança” com rendimento alto e proteção de saldo — e uma infraestrutura regulada na Europa que permite converter euros em stablecoins sem depender de exchanges. No varejo, o novo Aave App chega primeiro à App Store oferecendo rendimento base de 5% ao ano, com possibilidade de chegar a 6,5% ou até 9% via “boosts”, aceitando depósitos via bancos, cartões e stablecoins. O app promete proteção de até US$ 1 milhão e conecta o usuário diretamente aos mercados supercolateralizados do protocolo, numa abordagem que mira competir com bancos e fintechs, mas com lógica on-chain.

Ao mesmo tempo, a Aave Labs se tornou o primeiro grande protocolo DeFi aprovado pelo MiCA para operar rampas fiat→stablecoins em todo o Espaço Econômico Europeu. O produto Push elimina a necessidade de exchanges ou intermediários para transformar euros em cripto regulada — uma mudança estrutural no “front door” do DeFi. A operação, licenciada na Irlanda, simboliza uma virada: pela primeira vez, um protocolo nativo on-chain assume o papel que antes era exclusivo de CEXs e fintechs. Com o mercado de stablecoins acima de US$ 300 bilhões e a demanda europeia crescendo, a Aave passa a controlar uma parte do fluxo de entrada no DeFi — e, se o modelo escalar, reduz drasticamente a dependência do ecossistema em serviços centralizados.

Receita Federal adota padrão global e amplia exigências de transparência

A Receita Federal atualizou a regulamentação de criptoativos no Brasil, alinhando o país ao padrão internacional CARF da OCDE e inaugurando a nova Declaração de Criptoativos (DeCripto), que passa a substituir o modelo da IN 1888 a partir de julho de 2026. A medida reforça a cooperação entre jurisdições e amplia o nível de rastreamento fiscal de operações com cripto, desde transações simples até uso de DeFi, carteiras estrangeiras e serviços prestados por exchanges internacionais que atendem brasileiros. O objetivo central é expandir controles como AML/KYC, evitar lavagem de dinheiro e preencher lacunas de reporte — agora com regras mais detalhadas, prazos rígidos e multas mais pesadas para atrasos, omissões ou falhas de diligência.

Na prática, pouco muda para exchanges brasileiras e para usuários que operam acima de R$ 35 mil por mês fora de corretoras nacionais, mas o escopo de quem precisa reportar aumentou: também entram na obrigação plataformas estrangeiras que usam domínio .br, fazem publicidade direcionada ao público brasileiro, usam PIX ou parceiros locais para depósitos ou saques. A Receita também exige que prestadoras adotem os procedimentos internacionais de diligência, identifiquem residência fiscal, verifiquem beneficiários finais e reportem operações como swaps, staking, airdrops, pagamentos e até perdas involuntárias, além de saldos anuais. O Brasil se aproxima, assim, do novo regime global de troca automática de informações — e investidores devem se preparar para um ambiente mais rígido, mais padronizado e mais transparente.

📊 Short-term holders estão sofrendo — e isso costuma marcar fundo

O gráfico deixa claro: quase todos os investidores que compraram Bitcoin nos últimos 155 dias estão no prejuízo. A linha laranja (STH Supply in Profit) despencou para níveis que só vimos em momentos extremos — como o colapso da FTX em 2022. Isso significa que o “dinheiro impaciente” do mercado está completamente desgastado, um padrão típico de capitulação de curto prazo dentro de ciclos de alta.

A leitura prática é simples: quando os STHs estão quase 100% underwater, o mercado já purgou boa parte do excesso de risco, enquanto ETFs e holders mais estruturais seguem firmes. Esses períodos de dor concentrada nos recém-chegados raramente duram muito — e historicamente antecedem retomadas fortes quando a liquidez volta.

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💜 Modular no Governance Day: Insights que moldam o futuro das DAOs

Por Beni

A Modular participou neste fim de semana do Governance Day, durante a Devconnect Argentina, um dos encontros mais importantes do mundo para discutir o futuro da governança na Ethereum e nas DAOs.

Durante dois dias, acompanhamos conversas profundas sobre infraestrutura social, mecanismos de participação, delegação, incentivos, governança econômica, além de modelos emergentes que estão sendo testados nos principais protocolos do ecossistema.

Estivemos lado a lado com nomes que hoje conduzem as discussões mais relevantes do setor, incluindo pesquisadores, líderes de comunidades globais, builders e responsáveis por sistemas de governança de alto impacto.

O evento reforçou uma percepção clara: a governança não é apenas um pilar técnico, mas a camada essencial que mantém a Ethereum viva, adaptável e capaz de evoluir sem colapsar sua descentralização.

Nossos principais aprendizados e percepções

• A próxima fase da Ethereum depende de modelos de governança mais acessíveis e transparentes, capazes de engajar mais pessoas sem comprometer a segurança.

• Protocolos estão convergindo para estruturas híbridas, onde delegação ativa + ferramentas modulares permitem coordenação mais eficiente.

• Abordagens de governança precisam considerar fatores sociais, culturais e educacionais, não apenas econômicos.

• A América Latina foi citada diversas vezes como uma região essencial para testar modelos de organização mais resilientes e contextuais.

• DAOs maduras estão priorizando observabilidade, métricas de impacto e ferramentas de accountability — tendências que devem se espalhar rapidamente.

Modular como referência na LATAM

Participar desse espaço confirmou nosso papel crescente como ponto de referência em governança no Brasil e na América Latina. Temos trabalhado para aproximar protocolos, facilitar acesso à informação e criar pontes entre comunidades e iniciativas globais.

Ver a Modular ao lado de especialistas e organizações como SEEDGov, Curia Lab, líderes de DAOs internacionais e pesquisadores do ecossistema Ethereum reforça nosso compromisso de continuar ajudando a construir essa camada social crítica.

O que vem pela frente:

Voltamos de Buenos Aires com novas conexões, ideias e projetos que serão transformados em conteúdo, iniciativas e programas para fortalecer o ecossistema brasileiro.

Governança é construção contínua, e vamos seguir trazendo conhecimento, contexto e oportunidades para nossa comunidade.

Pepe Holmes é a coluna de opinião da DailyNews, escrita por builders e entusiastas do universo cripto. As ideias expressas são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, a visão da Modular Crypto.

👉 Quer publicar aqui? Fala com a gente.

 💙 Não conseguiu participar do Arbilink? Aqui está tudo que rolou

Subimos o vídeo completo do ArbiLink Brasil, com as palestras, painéis e momentos que marcaram o encontro. Mesmo se você não conseguiu colar, dá pra sentir a energia e entender por que o evento virou referência na comunidade.

A Arbitrum e a GMX, que apoiou oficialmente o ArbiLink, aparecem juntas fortalecendo o ecossistema no Brasil em um dia cheio de insights e conexões.

💙 Cobertura direto da Devconnect Argentina! 🇦🇷

A Modular tá em Buenos Aires com a @arbitrum na @EFDevcon, trazendo entrevistas, bastidores e highlights direto do evento.

Começamos com uma conversa exclusiva no stand da Arbitrum com João Kury e o nosso Bonis, falando sobre o impacto e o crescimento da Arbitrum na região.

👀 Acompanhe tudo no X:
@ModularCrypto | @bonis_crypto | @nett0eth | @benibauer3

🔗 Fica de olho — vem muito conteúdo direto da Devconnect!

🗞️ Fique por dentro dos últimos acontecimentos:

🟧 Tesourarias de BTC

• Saylor compra mais 8.178 BTC por US$ 836 mi
  — Bull market pessoal do tio Michael.

• Harvard eleva aposta no ETF da BlackRock para US$ 442 mi
  — As Ivy Leagues estão virando whales discretas.

🟦 Miners e Mercado

• 95% de todo o Bitcoin já foi minerado
  — Agora é esperar até 2140… sem pressa.

• HIVE registra receita recorde com produção de BTC em alta
  — Hashrate é cultura, receita também.

• VanEck lança ETF de Solana
  — Staking, taxa zero e hype no talo.

• US$ 867 mi fogem dos ETFs de Bitcoin
  — Capitulação ou só giro de posição? O mercado que lute.

• BlackRock move 4.880 BTC e 54.730 ETH pra Coinbase Prime
  — Quando a gigante mexe o braço, a liquidez treme.

• QI mais alto do mundo prevê BTC a US$ 220 mil em 45 dias
  — Se subir, era óbvio; se cair, era só ironia.

🟨 Tokenização & Exchanges

• Figment, OpenTrade e Crypto.com oferecem 15% em stablecoins
  — O famoso “não tem risco, é só yield”.

• Alibaba estuda token de depósito
  — A China odeia stablecoin… mas ama controle.

• Tether mira investir US$ 1 bi em robôs alemães
  — A USDT Corp está em todos os mercados, menos no dólar.

• CZ diz que investe nos EUA se reembolso da multa vier
  — Quem nunca quis cashback de US$ 4,3 bilhões?

🦄 Infra, DAOs e DeFi

• Avalanche prepara upgrade Granite
  — Promessa: mais rápido, mais barato. O trilema que se vire.

• Infura lança infra descentralizada via EigenLayer
  — Restaking agora virou RPC também.

• 1inch lança Aqua para compartilhar liquidez entre estratégias
  — Um “XP Multi-mercado” do DeFi.

• Chainlink vira camada central dos mercados tokenizados
  — 80% dos RWAs passam por lá. É o SWIFT on-chain.

• STRK sobe mais de 20% com TVL disparando
  — Bear market? Não para todo mundo.

• África adota stablecoins via IOTA para destravar US$ 70 bi
  — África sendo vanguarda de novo.

• Usuário da Cardano perde US$ 6 mi em swap bugado
  — Slippage é mais letal que bear market.

🚨 Gil Gomes

• Chainalysis alerta: pig butchering virou ameaça nacional
  — Agora é crime organizado nível exportação.

• ICIJ expõe a ‘Coin Laundry’ global do crime
  — Cripto virou lavanderia premium do submundo.

• DOJ persegue esquema norte-coreano e apreende mais fundos
  — Pyongyang farmando yield involuntário.

🇧🇷 Brasil on-chain

• Mercado Bitcoin apoia regulação do BC
  — “Não é perfeita, mas dá pro gasto.”

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Antes de terminar, gostaríamos de lembrar que o conteúdo discutido aqui é estritamente informativo e destinado a fomentar a discussão geral. Não deve ser interpretado como recomendação financeira, fiscal ou conselho de vida para qualquer indivíduo. Encorajamos fortemente que você faça sua própria pesquisa e consulte profissionais qualificados.

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