Evolução e Estratégia da Scroll na Corrida dos Rollups
Uma jornada que vai além da escalabilidade: descubra como a Scroll está redefinindo a Ethereum com compatibilidade total, provas zk e presença global — incluindo o Brasil.
A evolução da Scroll
A Scroll é uma blockchain de segunda camada (L2) construída com o objetivo de escalar a Ethereum sem comprometer seus valores fundamentais de descentralização e segurança. Baseada na tecnologia de zk-rollups, ela permite que transações sejam executadas fora da camada principal da Ethereum e, posteriormente, validadas de forma eficiente e criptograficamente segura. O diferencial da Scroll está em seu compromisso com a compatibilidade total com a Ethereum Virtual Machine (EVM), permitindo que qualquer aplicação ou contrato inteligente existente funcione na Scroll sem necessidade de modificações.
Desde o início, a Scroll se apresentou não apenas como uma solução técnica, mas como um projeto alinhado aos princípios da Ethereum, com ênfase em transparência, descentralização e acessibilidade global. Seu foco estratégico na compatibilidade EVM de tipo 1 a posiciona como um dos poucos zk-rollups capazes de fornecer uma experiência nativa e familiar para desenvolvedores e usuários, reduzindo as barreiras de entrada para adoção massiva.
Além disso, a Scroll vê a adoção web3 como peça essencial de sua estratégia. A atuação na América Latina, especialmente no Brasil, tem sido central para consolidar sua presença global. A criação de um Local Node brasileiro, liderado pela Modular Crypto, representa não apenas uma expansão regional, mas uma estratégia de longo prazo para conectar a Scroll a um ecossistema de desenvolvedores, fundadores e instituições em rápido crescimento. Esse tema será explorado mais a fundo em outro artigo.
Desde o lançamento de sua mainnet, em outubro de 2023, e posteriormente com o TGE (Token Generation Event) em 2024, a Scroll embarcou em uma jornada de entregas técnicas que demonstram consistência e ambição. Seu roadmap tem sido marcado por upgrades batizados com nomes de cientistas, refletindo o espírito de pesquisa e inovação contínua que orienta o desenvolvimento do protocolo. As três primeiras atualizações — Curie, Darwin e Bernoulli — estabeleceram as bases para uma rede altamente performática, econômica e funcional.
Curie introduziu compressão de blobs com zstd, permitindo à rede armazenar informações de forma mais compacta. O novo sistema de tempo dinâmico de blocos (dynamic block time) possibilitou confirmações mais rápidas, sempre que os blocos estiverem prontos, sem a necessidade de aguardar intervalos fixos. Também foram adicionadas novas instruções de máquina (opcodes), capazes de lidar com transações mais complexas. Essas mudanças otimizaram o desempenho do sequenciador, abrindo espaço para execuções sofisticadas e tornando a Scroll mais rápida, leve e inteligente.
Darwin implementou provas recursivas (proof recursion), permitindo compor múltiplas execuções em uma única prova de validade. Isso aumentou a eficiência da compressão de transações e reduziu drasticamente os custos computacionais e de envio à L1.
Bernoulli trouxe os “blobs” da EIP-4844 para o centro da estratégia de disponibilidade de dados, reduzindo em até 10x o custo por transação e alinhando a Scroll ao novo paradigma de armazenamento econômico da Ethereum.
Esses upgrades prepararam o terreno para o mais importante marco técnico da Scroll até agora: a atualização Euclid. Com ela, a Scroll passou por sua maior transformação desde o lançamento da mainnet. O protocolo adotou o prover OpenVM, substituindo o Halo2, o que resultou em maior auditabilidade, reusabilidade e desempenho.
Com Euclid, houve uma redução de 90% nos custos de data availability, aumento de até 4x no throughput da rede, e a introdução de suporte às propostas EIP-7702 e RIP-7212. Essas propostas pavimentam o caminho para experiências mais seguras e intuitivas, com integração nativa a dispositivos móveis e autenticação biométrica.
A Scroll também reduziu o tempo de bloco de 3 para 1 segundo, melhorando significativamente a experiência transacional em wallets, dApps e sistemas de pagamento. Essa otimização viabiliza aplicações como cartões de crédito on-chain — já utilizados por soluções como a da ether.fi — além de jogos, carteiras e pagamentos Web3.
No campo da segurança e descentralização, a Scroll se tornou o primeiro zk-rollup a alcançar o estágio 1 de maturidade, segundo o L2BEAT. Isso comprova a presença de mecanismos robustos para garantir a soberania do usuário, mesmo diante de falhas ou comportamentos maliciosos por parte dos operadores centrais (sequenciadores, provers e multisig).
Estar no estágio 1 significa que a Scroll já oferece verificação permissionless de provas criptográficas na Ethereum L1, mecanismos de escape trustless (sem a necessidade de confiança) para retirada de fundos, e múltiplos validadores zk que asseguram a integridade do estado da rede.
Esse avanço posiciona a Scroll como uma infraestrutura confiável e segura, adequada para aplicações financeiras e outras que exigem confiança sem custódia. Trata-se de um passo crucial na realização da visão de um Ethereum verdadeiramente escalável e soberano.
Com a atualização Euclid, a Scroll adotou a estrutura de dados Merkle-Patricia Trie (MPT), padrão utilizado pela Ethereum. Essa mudança foi decisiva para que a Scroll atingisse o status de zkEVM tipo 1, o mais alto grau de compatibilidade com a Ethereum. Inicialmente mais próxima do tipo 2, a Scroll evoluiu ao longo do tempo até alinhar-se completamente à lógica e estrutura da camada 1.
Um rollup tipo 1 executa contratos exatamente como a Ethereum L1, sem adaptações ou traduções. Isso garante que qualquer dApp, contrato ou ferramenta funcione na Scroll sem necessidade de ajustes. Ser tipo 1 oferece vantagens importantes: reduz o custo de migração de projetos, facilita auditorias, aumenta a confiança de desenvolvedores e posiciona a Scroll como uma extensão natural da Ethereum.
Como parte da estratégia de fortalecimento da confiança, a Scroll lançou o Scroll Audit Marketplace, uma plataforma desenvolvida em parceria com a Areta, voltada à validação contínua de contratos inteligentes na rede. Em vez de depender exclusivamente de auditorias privadas e ciclos fechados de revisão de código, o modelo introduz um mecanismo público e rastreável de auditoria, com incentivos financeiros para participantes qualificados. Atualmente, a auditoria é conduzida por um grupo de auditores aprovados (whitelisted), com planos de expansão futura para incluir uma base mais ampla de contribuidores independentes. Essa abordagem fomenta uma cultura mais transparente, auditável e alinhada ao ethos de segurança compartilhada da Ethereum.
Com uma visão clara e entregas consistentes, a Scroll se consolida como um dos principais protagonistas na transição da Ethereum rumo à escalabilidade plena. Sua trajetória revela domínio técnico, coerência estratégica e compromisso com os princípios que fundamentam o ecossistema. Em um cenário competitivo e em amadurecimento, a Scroll representa uma alternativa sólida para desenvolvedores, usuários e projetos que buscam construir com segurança e confiança.
Mais do que apenas mais uma solução, a Scroll emerge como fundação sobre a qual aplicações descentralizadas podem crescer de forma sustentável. Sua aposta na convergência entre compatibilidade, eficiência e descentralização a posiciona como peça-chave na transição da Ethereum para um modelo modular verdadeiramente escalável, acessível e neutro.
Entregas e Compromissos com o Futuro
Com os avanços estruturais já conquistados, a Scroll entra em uma nova fase de maturação técnica e execução estratégica. Seu roadmap expressa uma visão coordenada para consolidá-la como infraestrutura crítica da Ethereum modular — articulando metas tecnológicas com os princípios fundacionais da Web3.
Nesta seção, exploramos os objetivos estratégicos da Scroll para 2025: o que já foi entregue, o que está por vir, e como essa trajetória se conecta à proposta de modularização da Ethereum. Compreender esse plano é entender a ambição da Scroll: não ser apenas uma solução eficiente, mas um componente essencial na transformação da Ethereum em uma rede verdadeiramente escalável, descentralizada e universal.
O que já foi entregue
Desde o início de 2024, a Scroll avançou em frentes técnicas e institucionais importantes. Em 2025, manteve um ritmo consistente e entregou algumas de suas atualizações mais relevantes desde a mainnet. A atualização Euclid, como já descrito, foi um divisor de águas técnico — reduzindo custos, acelerando transações e aumentando a compatibilidade com a L1.
Paralelamente às inovações técnicas, a Scroll evoluiu institucionalmente. Um exemplo é a criação do Scroll Security Council, um comitê independente com mandato para proteger o ecossistema em situações críticas, oferecendo uma camada adicional de governança sem comprometer a descentralização de longo prazo.
Além disso, lançou sua SDK própria, voltada para experiências multichain, e consolidou uma base de suporte ao desenvolvedor com documentação técnica, exploradores, ponte nativa e ferramentas de integração.
Na frente da adoção, o lançamento do Ether.fi Cash, um cartão de pagamento real baseado na Scroll, sinaliza a maturidade e a confiança do mercado. Ele combina usabilidade tradicional com staking e segurança on-chain.
A comunidade também se expandiu com iniciativas como o Scroll Open e os Scroll Local Nodes, estruturas regionais dedicadas à expansão descentralizada. O destaque vai para o Node brasileiro, liderado pela Modular Crypto, que promove eventos, conteúdo técnico, apoio a builders e integração com universidades, consolidando a Scroll como infraestrutura global e, ao mesmo tempo, culturalmente contextualizada.
Essas entregas refletem o comprometimento da Scroll em seguir seu plano de forma gradual, mas robusta, pavimentando o caminho para a próxima etapa do roadmap.
Três Metas da Scroll para 2025
3.1 Maior segurança, a descentralização da Stack
Embora a Scroll já tenha alcançado marcos como verificação permissionless de provas, sistema de escape trustless e múltiplos validadores zk, o sequenciador ainda opera de forma centralizada. A transição para um sequenciador descentralizado é uma das metas principais para o final de 2025.
Essa transição implica abrir a seleção de blocos para operadores externos e implementar um sistema de fallback baseado na Ethereum, garantindo resiliência mesmo diante de falhas ou censura. A descentralização completa é pré-requisito para alcançar o estágio 2 da L2BEAT.
3.2 Maior eficiência, otimizações técnicas para prova e execução
Após as entregas fundamentais de 2024 e início de 2025, como a prova recursiva, o provador OpenVM e a redução drástica nos custos de data availability, a Scroll agora avança para uma nova etapa de ambição técnica: tornar-se o rollup de melhor desempenho do ecossistema Ethereum.
A meta é clara: alcançar mais de 10 mil transações por segundo (TPS) com taxas abaixo de um centavo e provas geradas em menos de 30 segundos. Para isso, a Scroll trabalha em múltiplas frentes. No sequenciador, está migrando de Geth para Reth, reescrevendo o motor de execução em Rust para maior paralelização e eficiência.
Do lado das provas, a Scroll segue evoluindo sua arquitetura de zkVM com o desenvolvimento do Ceno, um novo zkVM baseado na técnica GKR (Goldreich-Kalai-Rothblum), projetado para permitir comprovações com overhead linear e alta performance em campos binários, abrindo caminho para provas em tempo real e finalização quase instantânea.
O objetivo é claro: uma infraestrutura capaz de suportar aplicações em escala global, como jogos, pagamentos e agentes autônomos — mantendo compatibilidade total com a Ethereum e garantias criptográficas robustas.
3.3 Experiência do usuário igual web 2.
Com a infraestrutura técnica consolidada, o próximo desafio é oferecer uma experiência de uso tão fluida quanto os aplicativos Web2. O objetivo é permitir que transações, registro de contas e interações com contratos ocorram sem exigir conhecimento técnico prévio.
Entre os avanços previstos estão a integração direta entre sequenciador e bundler (permitindo sessões persistentes e assinaturas simplificadas) — eliminando as barreiras típicas do onboarding cripto. E o suporte para incorporar propostas como o EIP-7702 e o RIP-7212, criando um novo padrão para carteiras mais acessíveis, seguras e adaptadas a múltiplos perfis de usuário.
Ao priorizar a compatibilidade com a EVM, operar com provas de validade e buscar a descentralização total de sua stack, a Scroll materializa com fidelidade a visão de rollups nativos defendida por Vitalik Buterin: uma camada 2 que não apenas escala a Ethereum, mas a estende com segurança, modularidade e neutralidade.
Sua abordagem horizontal, centrada em transparência e governança comunitária, contrasta com soluções que tratam a escalabilidade como um produto verticalizado. A Scroll se posiciona como uma base neutra e interoperável, sobre a qual builders, instituições, agentes autônomos e aplicações do mundo real podem operar com confiança.
Os próximos passos exigem superar desafios consideráveis: reduzir ainda mais o custo computacional das provas, concluir a descentralização operacional e garantir uma experiência de uso comparável aos melhores padrões da Web2. Também será essencial ampliar a adoção por meio de ferramentas educacionais, rampas fiat (On-Ramps e Off-Ramps) regionais e integrações institucionais.
Ainda assim, o que se observa é uma trajetória de entregas concretas, ambição técnica e profundo alinhamento com os valores fundacionais da Ethereum. A Scroll emerge como um dos vértices mais promissores da nova arquitetura modular da Web3 — e, se mantiver o ritmo e a coerência demonstrados até aqui, estará entre os pilares que sustentarão a próxima fase de maturidade da rede Ethereum.
Rollups a solução para escalar a Ethereum
A Ethereum revolucionou a tecnologia blockchain ao introduzir contratos inteligentes e permitir a criação de aplicações descentralizadas (dApps). No entanto, seu modelo monolítico inicial, aliado ao compromisso inegociável com segurança e descentralização, impôs limitações severas à sua escalabilidade. À medida que a rede ganhou adoção, surgiram críticas à baixa capacidade de throughput (transações por segundo), resultando em altas taxas de gas e lentidão nos períodos de congestionamento.
Para enfrentar esses desafios sem comprometer seus princípios, a Ethereum passou a adotar uma arquitetura modular, na qual diferentes funções da cadeia principal são delegadas a camadas auxiliares. Essa mudança impulsionou o surgimento das soluções de segunda camada, as chamadas Layer 2 (L2).
Entre elas, os rollups destacam-se como a mais promissora. Eles permitem que uma rede auxiliar execute e valide transações fora da camada principal (L1), enviando à L1 apenas um resumo criptográfico dessas operações, geralmente via contrato inteligente. O termo roll up (“enrolar” em inglês) remete à ideia de condensar um grande volume de transações em um pacote compacto, submetido à L1 como uma única transação — o que reduz drasticamente a carga da camada principal e amplia seu rendimento.
Existem dois tipos principais de rollups:
Optimistic rollups, que assumem a validade das transações, mas abrem um período de contestação em que provas de fraude podem ser apresentadas;
ZK-rollups, que utilizam provas criptográficas chamadas zero-knowledge proofs para atestar a integridade dos dados de forma matemática e instantânea.
Os zk-rollups são especialmente atrativos por sua segurança intrínseca e pela rapidez na finalização de transações. Ao validar operações fora da L1 e publicar tanto os dados quanto suas provas de validade na Ethereum, oferecem uma combinação rara de eficiência, resistência a fraudes e descentralização — tornando-se peças centrais na estratégia de escalabilidade da rede sem abrir mão da segurança.
É nesse contexto que surge a Scroll: uma L2 baseada em zk-rollups com compatibilidade total com a Ethereum Virtual Machine (EVM). Isso significa que contratos, bibliotecas e ferramentas da Ethereum podem ser utilizados na Scroll sem reescrita, recompilação ou ajustes, uma vantagem técnica e estratégica clara para os desenvolvedores.
A Scroll foi construída para preservar os valores centrais da Ethereum — segurança e descentralização — ao mesmo tempo em que entrega escalabilidade real. Sua arquitetura proporciona uma experiência de desenvolvimento familiar, reduz as barreiras técnicas e favorece a adoção tanto de projetos novos quanto de migrantes da L1.
Arquitetura Tecnológica da Scroll
A arquitetura da Scroll é modular, composta por três camadas principais:
Camada de Liquidação (Settlement Layer):
A Scroll utiliza a Ethereum como sua camada de liquidação. Nesse contexto, liquidação se refere à etapa em que as transações são registradas de forma final e imutável, ancoradas na segurança de uma blockchain robusta.
É nessa camada que estão implementados os contratos de ponte (bridge) e de rollup da Scroll. Dessa forma, a rede ancora sua execução em uma base segura e descentralizada, herdando diretamente a segurança, a imutabilidade e a confiança da Ethereum.
Essa camada cumpre funções essenciais: garantir a disponibilidade de dados, manter a ordenação das transações e verificar as provas de validade geradas na camada 2 (zk-proofs). Também viabiliza a comunicação entre Scroll e Ethereum, permitindo que usuários e dApps enviem mensagens e ativos entre as duas redes.
Camada de Sequenciamento (Sequencing Layer)
Essa é a camada responsável por organizar, executar e preparar as transações para posterior verificação e finalização na camada de liquidação.
Ela é composta por dois elementos principais, que atuam de forma coordenada:
Nó de Execução (Execution Node)
Executa todas as transações que chegam à Scroll, provenientes de duas origens:
Usuários e contratos que interagem diretamente com o sequenciador (que recebe e ordena transações em tempo real);
O contrato de ponte implantado na L1, para transferências entre as camadas.
As transações executadas compõem os blocos da camada 2.
Nó de Rollup (Rollup Node)
Responsável por integrar a Scroll à Ethereum. Ele agrupa as transações executadas em lotes (batches), extrai dados relevantes (entradas, saídas e mudanças de estado) e os publica na L1, garantindo disponibilidade pública e imutável dos dados.
Em seguida, transmite à L1 as provas de validade (zk-proofs), geradas pela camada de prova. Essas provas, ao serem validadas na Ethereum, confirmam a execução correta e finalizam o bloco da Scroll.
Camada de Prova (Proving Layer)
A camada criptográfica mais sofisticada da arquitetura da Scroll. Sua função é transformar a execução das transações em provas matematicamente verificáveis, assegurando que tudo foi feito corretamente, sem depender de confiança em operadores centralizados.
Utiliza a tecnologia zk-SNARKs (Zero-Knowledge Succinct Non-Interactive Argument of Knowledge), que permite provar a correção de uma computação sem revelar seus dados e com tamanho de prova extremamente compacto.
Na prática, o funcionamento da Proving Layer pode ser dividido em três grandes etapas:
Transformação das transações em circuitos criptográficos:
Após a execução das transações pelo Nó de Execução, o estado final precisa ser validado. Para isso, a camada de prova transforma o histórico de operações (alterações de saldo, execuções de contratos, interações com a ponte, etc.) em representações algébricas chamadas circuitos zkEVM. Esses circuitos aritméticos simulam o comportamento da EVM de forma criptográfica, permitindo verificar se as regras de execução foram seguidas corretamente.Geração da prova zk-SNARK:
Uma vez definido o circuito, entra em ação o conjunto de provadores (provers) da Scroll — máquinas distribuídas que realizam os cálculos necessários para gerar a prova de validade. Essa prova é uma “testemunha criptográfica” de que as transações produziram corretamente um determinado estado final.O resultado é uma prova do tipo zk-SNARK: sucinta, não interativa e que comprova a veracidade da computação sem expor os dados nem exigir reexecução.
Coordenação e envio à Ethereum:
Um coordenador (coordinator) gerencia a fila de tarefas e distribui blocos de transações entre os provers, otimizando o tempo de geração das provas. Assim que uma prova é gerada, ela é enviada ao Nó de Rollup, que a publica na Ethereum. A prova então assegura a finalização criptográfica dos blocos da Scroll, tornando o novo estado imutável e reconhecido na L1.
Em resumo, a Camada de Prova é o elo entre performance escalável e confiança matemática. Ela permite à Scroll atingir alta eficiência sem abrir mão da segurança, ancorando a validade das transações em provas verificáveis na Ethereum. Assim, mesmo sem reexecutar nenhuma transação, qualquer parte interessada pode confiar no resultado — um avanço crucial para a escalabilidade segura da Ethereum.
Essa separação modular entre camadas permite flexibilidade, paralelização e melhorias contínuas, sem afetar o núcleo do sistema.
Antes de terminar, gostaríamos de lembrar que o conteúdo discutido aqui é estritamente informativo e destinado a fomentar a discussão geral. Não deve ser interpretado como recomendação financeira, fiscal ou conselho de vida para qualquer indivíduo. Encorajamos fortemente que você faça sua própria pesquisa e consulte profissionais qualificados.
Agora, se você quer acompanhar de perto tudo o que está rolando no ecossistema da Scroll — inclusive novas oportunidades, programas, eventos, projetos, e chamadas para builders — vale muito seguir o perfil oficial da Scroll em português no X: @Scroll_PT. Lá você vai encontrar desde atualizações técnicas até convites para participar de hackathons, acelerações e outras iniciativas que estão movimentando a Web3 no Brasil e no mundo. Se você quer construir, investir, colaborar ou apenas entender melhor o que está por vir, esse é o lugar certo para começar. E qualquer dúvida, sugestões ou feedbacks, você pode me encontrar no X como @eduardo_ceg.
Antes de terminar, gostaríamos de lembrar que o conteúdo discutido aqui é estritamente informativo e destinado a fomentar a discussão geral. Não deve ser interpretado como recomendação financeira, fiscal ou conselho de vida para qualquer indivíduo. Encorajamos fortemente que você faça sua própria pesquisa e consulte profissionais qualificados.
Muito legal esse texto – bem explicado e com linguagem acessível, mas sem perder a profundidade. Os upgrades (Curie, Darwin, Bernoulli) estão bem contextualizados, curti saber sobre eles! Curti bastante a pegada de transparência, segurança e descentralização, e o fato de estarem apostando num node no Brasil dá um toque estratégico pra tudo. Massa o texto!
Incrivel como a Scroll se desenvolve rapidamente!