Esse Sonic é rápido mesmo?
Uma análise sobre as oportunidades apresentadas pela criação da Sonic, a blockchain ligada ao ecossistema Fantom cujo propósito é gerar dinheiro do nada.
O artigo de hoje é meio estranho. Bom, pelo menos pra mim. Tô falando de algo do Andre Cronje, e isso é sempre estranho.
O papo de hoje é sobre Sonic, mas não aquele Sonic legal de tênis vermelho que sai pegando moedinha. É a Sonic que inventaram pra leitar dinheiro do conceito que era a Fantom.
A boa notícia é que isso vai movimentar o mercado e é mais uma oportunidade de ganhar dinheiro com os vagabundos do mercado. É muito difícil odiar cripto, sinceramente.
Nas próximas linhas, eu vou resumir o que muda com a Sonic (nada) e o que esperar dessa mudança (dinheiro gerado a partir do nada). Apesar das palhaçadas, eu vou trocar uma ideia séria. Eu espero.
Suba, meu amigo. Suba na motoca.
O que diabos é Sonic?
No dia 1º de agosto, a Fantom Labs passou por um rebranding, dando vida a duas novas instituições: Sonic Labs e Sonic Foundation.
De acordo com a publicação oficial falando sobre o rebranding, a Sonic Foundation será responsável pela governança da rede e por gerir a tesouraria, enquanto a Sonic Labs impulsionará o crescimento de aplicações descentralizadas (dApps), parcerias e usuários.
Tá, agora falando sobre a blockchain: a Sonic é uma blockchain de primeira camada compatível com a Máquina Virtual do Ethereum (EVM, na sigla em inglês) que nem a Fantom, mas com algumas diferenças.
A primeira é que, enquanto a Fantom supostamente tem capacidade para processar 2 mil transações por segundo, a capacidade da Sonic é cinco vezes superior, chegando a 10 mil transações por segundo.
Como de costume, levem esses dados com uma pitada de ceticismo, porque até o Bitcoin processa 9 milhões de transações em meio milisegundo na teoria. Essas coisas são provadas na prática.
TON era super rápida também, vrum vrum, e teve o recente e triste episódio em que a rede ficou mais de 10 horas fora do ar em um dia. Solana a mesma coisa, Sui a mesma coisa, Arbitrum a mesma coisa, zkSync a mesma coisa, e por aí vai.
A segunda diferença, e essa pra mim é mais importante, é o tal do Gateway. A gente sabe que bridges são o terreno perfeito pra dar zebra: você tranca lá seu dinheiro, o Lazarus Group aplica um golpe de engenharia social nos cinco dos nove validadores da multisig e tua grana, de repente, vai pro desenvolvimento da República Popular da Coreia. Não é tão difícil odiar cripto, sinceramente.
Isso acontece pela forma como as bridges funcionam, e vou usar um exemplo de transação do Ethereum para Blast para explicar. Digamos que você quer mandar 1 ETH do Ethereum para a Blast.
O que vai acontecer na prática é: teu 1 ETH será travado em um contrato inteligente e 1 ETH será gerado na Blast. Tudo certo, né? Não é dinheiro de mentira, porque tem 1 ETH no contrato pra lastrear a grana rodando lá dentro.
E é justamente por isso que as bridges são visadas. Com essa grana toda parada lá dentro, muitos exploiters ficam loucos para explorar qualquer vulnerabilidade existente para fugir com tudo. No fim das contas, se rolar um exploit, aquele 1 ETH na Blast realmente vira dinheiro de mentira.
Enfim, o lance do Gateway é que um grupo de validadores roda clients do Ethereum e da Sonic, tendo acesso ao estado de ambas as redes. Ao enviar 1 ETH da Sonic para a Ethereum, o usuário vai interagir com o contrato do Gateway, e 1 ETH aparece na Ethereum.
“Mas Pelica… Isso não é igual uma bridge?” Hmmm, quase. Lá, não existe uma chave-mestra, é só o contrato inteligente. Então o exploit é só a nível tecnológico mesmo.
Ainda é um risco? Sim. Mas eu não falei que era a cura para todos os males. Só é uma forma de transferir ativos de uma rede pra outra com um pequeno diferencial.
Então, a Sonic é basicamente isso: uma blockchain de primeira camada, compatível com EVM, supostamente mais rápida e com uma firula pra enviar ativos para o Ethereum.
Agora, vamos ao que interessa.
Mas antes…
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Gotta go fast!
Tem dois lances que eu acho legais serem comentados sobre a Sonic, e nenhum deles tem a ver com tecnologia: airdrops e narrativa.
Como a Sonic é uma nova rede, ela vai lançar um novo token: o S. Quem tem FTM, o token nativo da Fantom, poderá trocar por S em uma proporção 1:1.
“Mas Pelica, a Fantom vai acabar?” Galera, eventualmente, acredito que sim. Aliás, eles chamam a Fantom de “Opera”. Mas, por enquanto, todas as peças de comunicação da antiga Fantom dizem que a rede continuará existindo em paralelo com a Sonic.
Eu falei, cara. O lance é gerar dinheiro do nada.
“Pelica, compro FTM então pra surfar com S?!” Eu tenho duas respostas pra isso: sim e não.
No caso do “sim”, eu diria pra você comprar com base no FDV de US$ 2,2 bilhões da FTM. Para quem não lembra, FDV é a sigla em inglês para valor total diluído, que é o valor de mercado considerando até os tokens que ainda não estão circulando.
A título de comparação, o FDV atual da SUI é de US$ 17,5 bilhões. E aí entra o segundo ponto de defesa da tese, que é: a Sonic vai sair no próximo trimestre, junto com o burburinho da Movement.
Isso tudo em um cenário de narrativa de blockchains alternativas de primeira camada que tá se formando com esse pico de preço da SUI. Não é loucura dizer, então, que uma moedinha com FDV menor pode ter condição de subir duas ou três vezes durante uma provável alta do Bitcoin e altcoins no geral.
Além disso, tem o terceiro fator importante: a Fantom tem um culto louco pelo Cronje até hoje. Isso dá aquele empurrão psicológico e de interação que muitos projetos precisam.
Fechando a lista, é hora de falar dos dados: o Token Terminal diz que o número de usuários ativos na rede cresceu 43% e que o volume de negociação de FTM cresceu 73,5%. Assim, existe um interesse e não é insignificante.
Agora, no lado do “não”, tem o fato de que o TVL da Fantom continua ridículo. Mas, mais importante, vivemos em um mundo onde existe Berachain e Movement.
Até a Aptos, talvez, seja uma play com hype maior. Um relatório da Nansen destacou diversos desenvolvimentos no ecossistema da Aptos, e o TVL da rede quase dobrou desde o dia 4 de agosto.
Ou seja: existem plays com mais hype e/ou mais consolidadas do que a Sonic. De qualquer forma, o lançamento da rede vai ajudar a impulsionar essas blockchains alternativas de primeira camada que tavam demorando pra estourar. Você pode ser maluco e até comprar SEI também, cada um sabe dos riscos que quer correr.
Chegamos, então, na segunda parte que me interessa: os airdrops. Não tem muito mistério aqui, a Sonic disse nos documentos oficiais que vai alocar 190,5 milhões de S para programas de incentivo.
Esses tokens serão usados para incentiva o uso da rede, com foco nas seguintes atividades:
Provedores de liquidez nos dApps da Sonic;
Staking na Sonic;
Detentores de tokens de staking líquido;
Contratos criados na rede com alta taxa de consumo de gas;
Participação e utilização diversa dentro do protocolo Sonic;
Quem fizer bridge de fundos para dentro da Sonic.
Basicamente, é um airdrop no pique da Blast. Quanto mais você botar dinheiro pra rodar, mais você pode ganhar. Isso talvez até reforce a tese de investimento do tokens S, sendo sincero, mas saiba que você deve vender a bag antes do airdrop sair.
Esse airdrop, porém, tem dois problemas: a) não sabemos qual será o modelo de distribuição, o que pode fazer todo o esforço ser mal recompensado; b) eles têm um modelo de decaimento linear.
“Decaimento o que, Pelica?” Decaimento linear. Você só terá acesso a 25% dos tokens quando o airdrop sair, e o restante vai ficar travado durante os nove meses seguintes. Quer dizer, quase: os tokens serão liberados gradualmente, mas há uma penalidade pra dar claim neles antes da passagem dos nove meses.
O que vai garantir seu direito de dar claim nos tokens restantes é um NFT, e você precisa queimá-lo para pegar os tokens. A recompensa fica mais magra a cada mês de distância entre a data da queima do NFT e a data limite.
Por exemplo, se você queima o NFT no segundo mês após a distribuição inicial dos tokens, quase 80% dos tokens que ainda te restam serão queimados.
A imagem abaixo explica bem:
A boa notícia é: se esse bull run tiver uma duração parecida com os demais, vai dar para desovar boa parte dos tokens durante a alta do mercado.
Além disso, para os amantes de pré-markets, é possível se desfazer do NFT no mercado secundário.
Resumindo tudo
Bom, acho que o lançamento dessa blockchain que inventaram para gerar dinheiro do nada vai abrir possibilidades de yield durante a caça dos airdrops, de ganho de tokens gratuitos e de uma possível valorização de tokens nativos de blockchains alternativas de primeira camada. Essa última vale tanto para o token S quanto para outros tokens visados, estando eles já disponíveis ou não.
Sei que eu não falei de tudo sobre essa blockchain, e informação é crucial na tomada de decisão, então vou deixar aqui a página dos documentos oficiais da Sonic.
Ah, vou deixar também o Twitter do hoeem, que é o cara que eu mais tô vendo shillar Sonic. Mas tomem cuidado: ele tá shillando DEMAIS, e isso tá me cheirando a KOL pago. Usem para pegar informação, descartem o que for exageradamente positivo.
Essa foi nossa volta por hoje. Pode descer da motoca.
brabo demais