Conectando a Blockchain ao Mundo Físico - DePIN é o futuro?
A Web3 oferece uma visão de um mundo mais eficiente, sustentável e inclusiva, onde máquinas e pessoas trabalham juntas, e o DePIN pode ajudar nisso.
Você já se perguntou como a tecnologia pode moldar o futuro? Hoje, iremos mergulhar em um mundo onde conceitos aparentemente futuristas se tornam realidade. Do DePIN à Economia das Coisas, exploraremos essa revolução que está prestes a transformar a maneira como vivemos e interagimos com o mundo digital.
Venha conosco.
O DePIN Desmistificado
Você já ouviu falar em DePIN? Esse conceito pode parecer complexo à primeira vista, mas, na verdade, é mais simples do que parece.
O termo DePIN é um acrônimo em inglês para Rede de Infraestrutura Física Descentralizada. O mais curioso é que esse nome foi adotado após uma enquete no perfil da Messari no X.
Imagine DePIN como uma rede de blockchain que utiliza moedas virtuais para incentivar as pessoas (não empresas) a construírem infraestruturas reais (como mobilidade, carregamento de veículos elétricos, telecomunicações, etc.) a partir do zero. O setor existe há anos, mas as necessidades da Web3 trazem à tona este conceito para brilhar no mundo do futuro.
Vamos pegar um exemplo prático: a NATIX Network, um projeto que transforma smartphones em câmeras altamente inteligentes. Essas câmeras monitoram o tráfego e as condições das estradas, e os usuários podem baixar o aplicativo gratuitamente. Em troca, suas imagens são convertidas em dados anônimos e recompensadas com moedas virtuais.
Assim, a colaboração das pessoas na construção de infraestrutura física se une à mágica dos ativos digitais na blockchain.
Como o DePIN Opera?
Para entender o funcionamento do DePIN, precisamos olhar para sua base: a infraestrutura física e a base digital. A infraestrutura pode ser representada por qualquer coisa, desde painéis solares conectados à rede até câmeras inteligentes. A base digital é formada por contratos inteligentes que operam em uma blockchain pública e sem precisar de permissão (permissionless).
A blockchain atua como um livro, registrando transações e recompensando os participantes com tokens por atividades úteis. Esses tokens funcionam como incentivos para desenvolver a rede e competir com grandes empresas.
Redes de Recursos Físicos e Redes de Recursos Digitais
Aqui, entramos em um ponto crucial: a distinção entre Redes de Recursos Físicos (PRNs) e Redes de Recursos Digitais (DRNs). PRNs incentivam o uso de hardware do mundo real, como energia e mobilidade, para fornecer bens e serviços únicos. Por outro lado, DRNs estimulam o uso de hardware para disponibilizar recursos digitais, como armazenamento e largura de banda.
Essa diferenciação é fundamental, pois demonstra a versatilidade dos DePINs, que podem abranger desde a mobilidade até o armazenamento de dados, ampliando seu potencial para revolucionar vários setores.
A Economia das Coisas e a Web3
Agora que entendemos os DePINs, podemos explorar a conexão com a Economia das Coisas e a Web3. A Economia das Coisas é a evolução da Internet das Coisas (IoT), permitindo que coisas conectadas monetizem o valor que criam. Ela se baseia na Web3, que combina a descentralização da Web1 com a funcionalidade avançada da Web2.
A Web3 oferece uma visão de um mundo mais eficiente, sustentável e inclusivo, onde máquinas e pessoas trabalham juntas. Nesse cenário, os DePINs desempenham um papel fundamental ao permitir que as pessoas construam, possuam e compartilhem ativos digitais e físicos de forma descentralizada.
O Papel da Inteligência Artificial (IA)
A IA desempenha um papel crucial na transformação da IoT em Economia das Coisas. Embutidas de IA, as máquinas podem assumir tarefas cada vez mais complexas. No entanto, quando essa transformação ocorre na infraestrutura centralizada da Web2, o valor gerado é concentrado nas mãos de poucos, não de muitos.
A propriedade se torna o ingrediente crucial que falta. Para que a Economia das Coisas seja justa e inclusiva, as pessoas precisam ser proprietárias de seus dados, de identidades e dos dispositivos que utilizam. A Web3 entra em cena como uma solução.
Por que o DePIN supera o Status Quo?
Você pode estar se perguntando por que alguém se interessaria pelo DePIN em vez de manter as coisas como estão. Bem, a ideia por trás disso é a seguinte:
Crescimento extremamente rápido: Por meio da colaboração na infraestrutura física, os DePINs podem crescer a uma escala muito mais rápida do que os projetos tradicionais, a uma fração do custo. Esses custos são distribuídos entre os participantes da rede e compensados pelo crescimento futuro e pelas receitas. Por exemplo, a NATIX está mapeando o mundo mais rapidamente que o Google, graças à colaboração de milhares de usuários.
Comunidade em vez de corporação: Em vez de depender de uma corporação centralizada preocupada principalmente com resultados trimestrais, as comunidades podem ser proprietárias do hardware que compõe a rede que oferece os bens e serviços de que precisam. Isso alinha os interesses de todos os envolvidos, promovendo a adoção e o crescimento. Um exemplo é a ELOOP, que compartilha parte de suas receitas com motoristas de Teslas compartilhados em sua frota, permitindo que todos ganhem com o compartilhamento de caronas, inclusive o motorista.
Governança aberta: Ao contrário dos projetos de infraestrutura tradicionais, que muitas vezes envolvem uma entidade centralizada ditando os termos e condições de uso, as DePINs são abertas, democráticas e acessíveis. Por exemplo, um serviço de transporte baseado em Web3 da bloXmove oferecerá total transparência para motoristas e passageiros, em contraste com os preços ocultos notórios de serviços de transporte centralizados como o Uber.
Sem barreiras: Além de serem sem permissão e abertas, as DePINs são resistentes à censura, uma vez que não têm um guardião centralizado capaz de negar o acesso a qualquer pessoa. Por exemplo, enquanto as plataformas centralizadas costumam compartilhar dados apenas com pesquisadores que atendem aos seus interesses, qualquer pessoa pode acessar os dados globais de poluição sonora coletados pela rede Silencio.
Por que DePIN é o Futuro?
Aqui está a grande pergunta: por que o DePIN é tão relevante? A resposta está em sua capacidade de possibilitar um crescimento rápido, baseado na colaboração na infraestrutura física, sem os enormes investimentos iniciais típicos de projetos tradicionais. Esse modelo é democrático, incentivando comunidades em vez de corporações.
Imagine um mundo onde você possa lançar um serviço de telecomunicações sem levantar centenas de milhões de dólares. O DePIN oferece exatamente essa possibilidade. Você pode criar redes permitindo que todos participem e construam a infraestrutura necessária. Isso cria uma comunidade em vez de uma corporação, alinhando os interesses de todos os envolvidos e promovendo a adoção e o crescimento.
A Revolução já começou.
A revolução da Economia das Coisas e da Web3 já começou. Em um bear market, o tempo é o bem mais valioso, então aproveite para se envolver. Compartilhe essa visão com aqueles que desejam conhecer a revolução tecnológica que está por vir. Seja a mudança que você quer ver no mundo, seja construindo aplicativos da Economia das Coisas ou buscando financiamento para ideias inovadoras.
A Economia das Coisas representa um futuro promissor e inclusivo, onde a tecnologia trabalha a nosso favor. E nós da Modular Crypto não iremos ficar de fora dessa revolução, junte-se a nós e vamos juntos fazer parte do que está por vir. Além das redes que já foram citadas aqui no texto, a Modular também está de olho nas redes Peaq e na Nodle (que inclusive já foi até citada anteriormente em um artigo da Modular).
E o que você acha? Como a DePIN pode mudar o seu dia de amanhã?
Referências: DePIN: What are Decentralized Physical Infrastructure Networks?
Tem tudo pra dar certo, faz todo sentido
Bom demais, faz todo sentido, vai dar bom isso