🔲 Chama os vagabundos que eles resolvem

Como um áudio de um torcedor revoltado com a situação do Flamengo de 2016 se aplica à negociação com base na atenção durante o bull run.

“Bota os vagabundos que eles resolvem!” Essa frase é de um áudio de um torcedor do Flamengo muito insatisfeito com o elenco em 2016, no qual ele pede o retorno dos jogadores vagabundos, como o Adriano Imperador e o Willians. 

O artigo de hoje, com atraso, é basicamente na mesma linha. Não é sobre futebol, é sobre memecoins e degeneração no geral. Vai ser curtinho também.

Mas não interessa, suba na motoca! 

Os vagabundos e seus cultos

Logo quando comecei a ser mais ativo no Twitter, no fim de 2023, eu falei que tenho uma lista só com founder “vagabundo” de coleção de NFT. 

Ainda que os tokens não-fungíveis não tenham voltado, eu estaria preparado se eles tivessem. O motivo é simples: vagabundos em cripto carregam um culto com eles.

No último bull run, eu via meus amigos comprando NFT com a seguinte premissa: “pô, essa coleção é de fulano”. Nunca era com base na arte, com base na utilidade. Era porque a coleção era de fulano.

E por vagabundo, eu não quero dizer que a figura é, necessariamente, um ator nocivo. Pode ser só uma figura controversa. Ok, na maioria das vezes eles são vagabundos no sentido mais amplo da palavra.

Por exemplo, o Ansem foi um grande vagabundo de cripto no primeiro semestre. Ganhou um culto depois de shillar SOL durante quase todo o bear market, deu espaço para famosos lançarem tokens e rugarem a galera, shillou os próprios tokens.

Ainda que ele não esteja com o mesmo hype, Ansem ainda é um vagabundo e tem seu culto. É loucura achar que ele não movimenta preços.

Agora, o vagabundo do momento é o Murad. Pra quem degenera há algum tempo, o Murad não é figurinha nova. 

Ele dá call de memecoin há um tempão, que nem agora, mas para uma audiência menor. E sim, ele sempre divulgou as próprias bags.

Porém, só com a recente atenção é que o Murad foi virar um “vagabundo” propriamente dito. O culto dele ficou grande, ele tá shillando as próprias memecoins para essa audiência maior, e acabou virando uma voz difícil de ignorar. Ele deve ser o vagabundo do quarto trimestre, e guarde essa informação.

Mas esses são vagabundos “novos”. Para provar a força dos vagabundos, vou trazer um exemplo das antigas: Andre Cronje.

Tudo que o Cronje faz tem hype. Tudo. Ele foi o cara que criou a Fantom, foi o cara que pensou no modelo por trás da Solidly, que foi replicado por diversas outras exchanges, e agora é o cara por trás da Sonic.

A Sonic é uma versão nova da Fantom cujo único objetivo é criar dinheiro do nada. E a galera tá comprando o papo, principalmente, por causa do Cronje. A galera sabe que o Cronje tem um culto forte, e esse culto forte empurra o preço pra cima. 

Em suma: a galera sabe que o Cronje é vagabundo.

Um serviço nada vagabundo

No extremo oposto dos vagabundos está a Modular Crypto, a instituição mais linda da Web3.

E, talvez você não saiba, a Modular tem uma área exclusiva no Discord para discutir sobre finanças descentralizadas. Sim, isso inclui debates sobre os vagabundos.

A área se chama Modular PRO, e o nome já diz tudo: é só pra profissa, vida!

Não é profissa e quer ficar maquinado? Então não perde tempo, vem ser PRO com a gente!

O que fazer em relação aos vagabundos?

Não tem mistério: segue o fluxo. É possível que vocês tenham visto um corte meu recente falando sobre a discussão entre memecoins e “moedas com fundamento”. 

No vídeo de aproximadamente 50 segundos, eu falo sobre como essa discussão é sem sentido. 

No fim das contas, o ponto é: se você quer fazer dinheiro e está disposto a correr riscos, ignore esse barulho. Siga o fluxo dos vagabundos. Não perca tempo discutindo.

Mas lembre-se: só se você tem disposição ao risco.

“Mas seguir como, Pelica?” Por exemplo, o Murad publicou no dia 15 de outubro o seguinte:

• Compre memecoins que podem ser grandes;

• Compre moedas que passaram por diversas quedas de 70%;

• Estude moedas que passaram muito tempo abaixo de US$ 10 milhões em valor de mercado;

• Estude moedas que possuem gente trabalhando de graça;

• Use BubbleMaps e HolderScan para checar a distribuição.

Publicação original do Murad. Imagem: Twitter

Aqui ele deu a estrutura básica de moedas onde a galera vai degenerar. Cripto não é sobre o que você acha que vai subir, mas sobre o que você acha que as outras pessoas acham que vai subir.

O Murad, com o canhão de atenção que ele tem nas mãos agora, vai ditar alguns rumos do mercado. Essa publicação dele, por exemplo, teve um milhão de impressões enquanto escrevo esse artigo.

Não fique discutindo, chamando o Murad de vagabundo, de manipulador. Todo mundo já sabe disso. Você sabe, eu sei, o mercado sabe. Use esse tempo pra traçar a sua estratégia para surfar no que ele falou.

Se você quer viver esse cenário de “alto risco e alta recompensa”, comece a usar os filtros que ele passou ali para procurar criptomoedas.

Além disso, tenha cuidado com o seguinte: entre na seita mas não tome o vinho. Não caia no papinho, lembre-se que você tá entrando SÓ PRA FAZER DINHEIRO NAS COSTAS DESSES OTÁRIOS.

Você pagou de maluco e botou 20% da sua grana em um projeto? Não fica esperando bater a valorização de 10.000% que os cultistas malucos juram que vai rolar, vida. Dobrou o capital, começa a descascar os lucros.

“Mas eu acredito no 10.000%!” Ok, ok. Tu ficou chapadão com o vinho da seita. Então deixa o que a gente chama de moon bag, que é geralmente 10% da porção de tokens que você comprou. O resto você vai passando a faca enquanto sobe.

Uma frase que eu li de algum degen no Twitter é: “sem descansar até a grana estar no banco”. Pode ser sua hardware wallet também. O lance é: lucro não realizado é dinheiro de mentira.

Se você tá com pressa pra ficar rico, tá levando cripto em tempo integral e não se desespera com risco, o seu trabalho é esse: identifique os vagabundos e use as narrativas deles ao seu favor.

Contudo, nunca se esqueça: o último apaga a luz, e você não quer apagar a luz.

Agora, desce da motoca.