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(Mais previsível que “sell the news” depois dos cortes de juros pelo FED.)

☕ Edição #124 — quinta, 30 de outubro de 2025.

• 🌏 Trégua EUA–China anima mercados — Acordo comercial adia tarifas e restrições; Fed confirma corte de 25 pb, reduzindo juros para 3,75%–4%. Apetite por risco volta e novembro pode ser o mês da retomada.

• 🦄 Ethereum fala com Wall Street — Novo hub “Ethereum for Institutions” reúne tokenização, RWAs, stablecoins e privacidade ZK, abrindo caminho para o DeFi institucional com compliance.

• 🤖 IA revisita a Mt. Gox — Mark Karpelès usou a Claude para auditar o código da antiga exchange e descobriu: a IA teria evitado o colapso — se alguém tivesse dado ouvidos.

• 🐋 Endereços de acumulação batem recorde — Mais de 760 mil carteiras compram e não vendem BTC desde o crash de outubro. “O medo é o melhor desconto do mercado.”

• 🕵️ Pepe Holmes — por Netto. 🌐 A Robinhood tokeniza 500 ações e ETFs na Arbitrum, gasta só US$130 em taxas e prepara sua própria L2 Robinhood Chain. De Wall Street pra Web3.

• 🎥 Vídeo do dia — Oportunidades na Cartesi 🚀 Bonis e Carlo Fragni mostram como builders estão usando a Cartesi pra criar projetos reais e narrativas novas no DeFi.

• 💬 Piada do dia: “Powell corta 25 pontos, Trump corta tarifas… e o mercado corta teus stops.” ✂️📉

Let’s gole? ☕️

⚠️ Perdeu a edição de ontem? Sem problemas, ouça o podcast enquanto curte a edição de hoje.👇

Trégua entre EUA e China anima mercados após decisão do Fed

A reunião entre Donald Trump e Xi Jinping na Coreia do Sul encerrou com um acordo comercial de um ano, adiando tarifas e restrições sobre terras raras e semicondutores. O gesto alivia as tensões que vinham pressionando commodities e ativos de risco, ao mesmo tempo em que o Federal Reserve confirmou ontem o esperado corte de 25 pontos-base, reduzindo os juros para o intervalo de 3,75%–4%. O duplo movimento — trégua comercial e política monetária mais branda — reacendeu o apetite por risco, com investidores prevendo um fim de ano de liquidez mais farta.

No curto prazo, o Bitcoin chegou a cair para US$ 108 mil após a coletiva de Jerome Powell, que reduziu a expectativa de mais um corte ainda neste ano. Esse movimento, liquidou mais de US$ 970 milhões de posições LONG no mercado, mas recuperou parte das perdas assim que Trump anunciou a redução de tarifas sobre a China. Analistas veem o cenário como o mais favorável para cripto desde o início do ciclo de aperto monetário: juros menores e relaxamento do “quantitative tightening” devem devolver fluxo aos ativos digitais, enquanto a melhora nas relações EUA–China reforça o tom dovish global. Se essa combinação se sustentar, novembro pode marcar o início de um novo impulso para o Bitcoin e o mercado de risco.

Ethereum abre as portas para instituições com novo hub de RWAs e privacidade ZK

A Ethereum Foundation lançou o portal “Ethereum for Institutions”, um site voltado a empresas, bancos e desenvolvedores que desejam construir sobre o ecossistema Ethereum. A plataforma reúne recursos sobre tokenização de ativos do mundo real (RWAs), stablecoins, staking institucional e tecnologias de privacidade baseadas em zero-knowledge (ZK). A iniciativa, liderada pelo Enterprise Acceleration Team, marca o início de uma fase mais institucional da rede — apresentando o Ethereum como infraestrutura neutra, segura e escalável para o sistema financeiro global.

O portal destaca avanços como o uso de provas ZK e ambientes de execução confiáveis (TEEs) para garantir compliance sem abrir mão da transparência, além de integrar restaking, L2s e stablecoins. O Ethereum hoje abriga mais de 75% dos RWAs tokenizados e 60% da oferta global de stablecoins, impulsionando soluções de players como BlackRock, Visa e Coinbase. Com a atualização Fusaka prevista para dezembro — que triplicará o limite de gás e ampliará a capacidade de transações —, o Ethereum reforça sua posição como a espinha dorsal da economia on-chain, inclusive com crescente participação de empresas brasileiras em tokenização e infraestrutura DeFi.

Mt. Gox revisitada: IA teria evitado o desastre?

O ex-CEO Mark Karpelès rodou na Claude (Anthropic) uma versão de 2011 do código da Mt. Gox e o veredito foi duro: “corretora rica em recursos, mas criticamente insegura”. A análise identificou falhas graves — SQL injection, hashing fraco, corridas de saque e senhas de admins — somadas a processos internos ruins (WordPress sem documentação, acessos legados, má segmentação de rede). Houve mitigação parcial antes do hack de junho/2011 (salting de senhas, correções de SQL e bloqueios de retirada), mas não o suficiente para evitar o ataque que drenou ~2.000 BTC. Moral da história: IA poderia ter sinalizado bugs e más práticas, mas não substitui higiene operacional.

Por que importa agora: auditorias assistidas por IA já conseguem varrer bases de código, infraestrutura e logs para achar brechas que humanos ignoram — e deveriam ser padrão em CEXs, DeFi e custodiantes (code scanning contínuo, segredos rotacionados, princípio do menor privilégio, segmentação de redes e planos de resposta). A saga Mt. Gox ainda repercute com reembolsos em BTC, que nessa semana adiou os pagamentos para mais um ano, mas sem choque claro de preço até aqui — reforço de que segurança é processo, não evento. Para quem constrói: trate IA como “co-auditor” 24/7; para quem investe: privilegie players com provas de segurança (auditorias públicas, bug bounties, segregação de funções e trilhas de conformidade) escreveu Mark Karpelès em seu post-mortem.

📈 Endereços de acumulação de Bitcoin disparam após o crash

Depois da queda de mercado em 10 de outubro, o número de endereços de acumulação de Bitcoin — carteiras que só compram e nunca vendem — atingiu um recorde histórico de mais de 760 mil.

O movimento mostra que, enquanto o varejo se assusta, investidores de longo prazo e grandes players aproveitam os preços mais baixos para aumentar posição.

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De Wall Street para Web3: como a Robinhood está trazendo ações tokenizadas para a Europa com a Arbitrum

Por Nett0

Quando uma das maiores fintechs do mundo começa a pagar taxas em ETH para colocar ações na blockchain, é sinal de que algo grande está acontecendo.

A Robinhood acaba de tokenizar quase 500 ativos, entre ações, ETFs e commodities, usando a infraestrutura da Arbitrum, e o resultado é impressionante: mais de 10 mil transações com um gasto total de apenas $130 em taxas.

Um exemplo real do poder de construir sobre trilhos cripto.

O que são os Robinhood Stock Tokens?

Os Stock Tokens são contratos tokenizados que acompanham o preço de ativos reais, como ações e ETFs, registrados diretamente em blockchain.

Eles permitem que investidores europeus acessem o mercado americano de forma simples, barata e 24 horas por dia.

As principais vantagens são o acesso global, que permite aos usuários da União Europeia negociar ações como TSLA, VOO, HOOD e várias outras; as taxas baixas, com apenas 0,1% de taxa de câmbio e sem tarifas adicionais da Robinhood; o investimento acessível, já que é possível começar com apenas 1 euro; o mercado 24h, disponível de segunda a sexta sem interrupções; e a oferta regulamentada, que segue as normas do MiFID II, com custódia garantida por instituições licenciadas nos Estados Unidos.

Na prática, isso leva o mercado financeiro tradicional para dentro do ecossistema cripto, sem burocracia e com transparência.

Aproximadamente 500 ativos já tokenizados

Segundo dados da Entropy Advisors (via Dune), já existem 493 ativos tokenizados pela Robinhood na Arbitrum:

• 318 ações (≈60%)

• 143 ETFs (≈30%)

• Além de commodities, títulos e até ETFs cripto.

Entre os ativos mais valiosos estão Alphabet (GOOGL), Vanguard S&P 500 (VOO), Robinhood (HOOD) e Tesla (TSLA), que juntos somam milhões em valor tokenizado.

Desde o lançamento, os Stock Tokens da Robinhood já movimentaram $32 milhões em volume de mint e burn.

(Importante: o volume on-chain de mint/burn não reflete o volume de negociação dentro do app da Robinhood, que ainda acontece off-chain.)

Por que a Arbitrum é o lugar certo para tokenizar

Eficiência. Simples assim.

Mesmo com quase 500 tokens criados, a Robinhood gastou menos de $130 em taxas.
Cada transação de mint ou burn custou, em média, $0,0087.

Essa economia mostra como a Arbitrum está pronta para aplicações financeiras em escala global, oferecendo velocidade e custo que o Ethereum principal ainda não alcança.

O próximo passo: a Robinhood Chain

E vem mais por aí.

A Robinhood está desenvolvendo sua própria Layer 2, construída com a tecnologia Arbitrum Orbit, a mesma que permite criar redes personalizadas sobre o Ethereum.

A Robinhood Chain será otimizada para ativos tokenizados, criando uma camada de infraestrutura financeira permissionless, porém regulada, conectando de vez o sistema financeiro tradicional à Web3.

Um novo capítulo para as finanças globais

Com essa integração, Robinhood e Arbitrum estão mostrando que a blockchain não é apenas para criptoativos, é também uma ponte para democratizar o acesso ao mercado financeiro.

Agora, investidores europeus podem comprar e negociar ações americanas com transparência on-chain, taxas mínimas e acesso 24h.

Com quase 500 ativos tokenizados, a Arbitrum já figura entre as redes mais ativas do mercado em tokenização de ações e ETFs.

A Robinhood traz Wall Street para o blockchain.
A Arbitrum se consolida como a casa da tokenização.
E o investidor comum ganha acesso ao mercado global com a segurança e a eficiência da tecnologia cripto.

Pepe Holmes é a coluna de opinião da DailyNews, escrita por builders e entusiastas do universo cripto. As ideias expressas são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, a visão da Modular Crypto.

👉 Quer publicar aqui? Fala com a gente.

🚀 OPORTUNIDADES NA CARTESI

Nesse podcast, Bonis e Carlo Fragni mostram como builders já estão usando a Cartesi para criar projetos reais e abrir novas narrativas dentro do ecossistema.

É papo rápido, prático e cheio de pontos que podem virar oportunidade para quem quer construir.

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🗞️ Mercado em dúvida com Trump:

📊 Mercado & ETFs

• Volume spot de Bitcoin atinge pico em outubro, diz CryptoQuant
  — O mercado cansou de alavancagem: agora é spot ou nada.

• Ethereum perde força nos ETFs dos EUA com pressão do mercado
  — É rotação, não rejeição — ETH ainda respira via staking.

• ETF spot de Solana da Grayscale estreia com US$ 1,4 milhão em entradas
  — Enquanto isso, US$ 500 milhões saíram dos ETFs de Bitcoin e Ethereum. Rotação ou “Solana season”?

• Hedera sobe após lançamento de ETF da Canary Capital
  — HBAR voou, LTC caiu — mas ambos com fluxo zero.

• Bittensor dispara antes do primeiro halving do token TAO
  — Halving de IA: o evento mais “neuronal” do ano.

• AERO sobe 10% após compra da Animoca
  — O metaverso de Hong Kong pousou direto na Base.

• Token da Plasma despenca 80% após estreia
  — Do “blockchain das stablecoins” ao crash da credibilidade.

• TeraWulf cai 5% após levantar US$ 500 milhões para centro de IA
  — Quando o minerador vira data center, o hash vira hardware.

🏗️ Infraestrutura & Expansão

• Taurus, gigante suíça de infraestrutura cripto, abre escritório em Nova York
  — A Suíça levou sua pontualidade on-chain pra Wall Street.

• ConsenSys planeja IPO com JPMorgan e Goldman Sachs
  — MetaMask indo pra Nasdaq — mas cadê o token, Joe Lubin?

🦄 Infra, DAOs e DeFi

• Receita on-chain chega a US$ 20 bilhões em 2025
  — O DeFi virou a nova “bolsa de valores da internet”.

• MegaETH encerra venda de tokens com US$ 1,4 bilhão em bids
  — FDV de US$ 27,8 bi: Ethereum pode ter encontrado seu “filho prodígio”.

• Flutterwave fecha parceria com a Polygon para pagamentos transfronteiriços
  — O Uber na África agora roda em gas MATIC.

• Dare Markets promete pagar em cripto por “stunts” insanos
  — Web3 do entretenimento: o TikTok encontrou o DeFi.

• Morpho recebe US$ 775 milhões em pré-depósitos da Stable
  — O yield farming corporativo segue vivo.

💸 Stablecoins & Tokenização

• JPMorgan: USDC ultrapassa USDT em atividade on-chain
  — Tether continua maior, mas o compliance venceu o caos.

• Mizuho: Visa virou o “stablecoin das stablecoins”
  — A gigante dos cartões agora é a ponte das blockchains.

• Mastercard planeja comprar a Zero Hash por quase US$ 2 bilhões
  — Stablecoins, KYC e cashback: o trio da dominação global.

• Securitize lança fundo de crédito tokenizado com o BNY Mellon
  — CLOs on-chain: Wall Street finalmente descobriu o DeFi.

• Ondo leva ações tokenizadas dos EUA para a BNB Chain
  — Do Nasdaq à Binance: o equity ficou multichain.

🚨 Gil Gomes

• Europol alerta: crimes cripto impõem “fardo significativo” às autoridades
  — Pig butchering e wrench attack agora no dicionário policial europeu.

Antes de terminar, gostaríamos de lembrar que o conteúdo discutido aqui é estritamente informativo e destinado a fomentar a discussão geral.

Não deve ser interpretado como recomendação financeira, fiscal ou conselho de vida para qualquer indivíduo.

Encorajamos fortemente que você faça sua própria pesquisa e consulte profissionais qualificados.

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