10 protocolos para interagir na Cosmos (Parte 1)
Osmosis, dYdX, Stride e mais - um guia sobre alguns dos principais projetos dentro desse ecossistema
Na semana passada, iniciamos uma jornada emocionante para explorar o vasto universo da Cosmos, um ecossistema em blockchain que está redefinindo os limites da interoperabilidade e da descentralização. Ao adotar uma arquitetura de rede mesh onde cada protocolo é encarregado de sua própria segurança, a Cosmos possibilita que os projetos DeFi integrados ao ecossistema alcancem um nível elevado de flexibilidade e autonomia, operando de forma descentralizada e independente.
Aqui, na Modular Crypto, estamos comprometidos em trazer os melhores e mais completos conteúdos para a comunidade blockchain e para os novos exploradores da web3. Convidamos você a embarcar nesta jornada conosco enquanto exploramos o crescimento, a diversidade e o impacto da rede Cosmos.
Juntos, vamos descobrir o que torna a Cosmos tão especial e como ela está moldando o futuro da internet descentralizada, heterogênea e soberana. Continue acompanhando nossa série de conteúdos sobre a Cosmos. Estamos animados para compartilhar essa jornada com você.
No primeiro artigo deste mês especial sobre a Cosmos, contextualizamos o que é, como surgiu e quais são suas principais características (se você ainda não leu, não deixe de conferir aqui). Agora, daremos início à exploração de dez projetos construídos neste ecossistema em constante crescimento. Dividido em duas partes, nesta primeira, vamos dar uma olhada em cinco dos principais projetos do ecossistema. Na semana que vem, exploraremos outros cinco projetos mais recentes e até mesmo alguns fora do radar. Como este artigo apresenta protocolos já consolidados, para dar um ALPHA, incluímos um bônus que ainda está em fase de testes (então você já sabe o que isso pode significar, né? 🪂🪂🪂). Vamos lá?
Projetos e blockchains criadas na rede Cosmos
Além do Cosmos Hub, a rede Cosmos facilitou o lançamento de várias outras blockchains, cada uma com suas próprias características e casos de uso específicos. Algumas das blockchains notáveis criadas na rede Cosmos incluem:
Osmosis
Lançada em junho de 2021, a Osmosis rapidamente se tornou a principal DEX do ecossistema, sendo a porta de entrada principal para muitos. Atualmente, de acordo com o Defillama, o valor total bloqueado (TVL) na plataforma ultrapassa os US$ 230 milhões. Graças à sua governança descentralizada em constante evolução, a Osmosis conseguiu alavancar efetivamente sua liquidez, tornando-se o principal centro de liquidez para a Celestia e o ecossistema modular da Cosmos.
No ano passado, a governança aprovou a Osmosis 2.0, introduzindo um novo modelo econômico para seu token nativo, o OSMO. Duas mudanças significativas foram implementadas:
a realocação das taxas de swap geradas pela atividade nas pools de liquidez para os detentores de staking, visando recompensar melhor os hodlers de longo prazo;
e a introdução de um mecanismo de queima de receita do protocolo, reduzindo a inflação do token em 50% e, potencialmente, levando a um modelo deflacionário no futuro. Estima-se que a inflação após a redução seja de cerca de 11% (um número ainda elevado, mas menos impactante).
Além das vantagens trazidas pela atualização Osmosis 2.0, fazer staking do token OSMO pode deixá-lo bem posicionado para possíveis airdrops em 2024 dentro do ecossistema. Portanto, se você ainda não fez staking, ainda há tempo para se beneficiar dessas oportunidades.
DYDX
Se a Osmosis é a principal DEX do Cosmos, a dYdX se destaca como a principal DEX para contratos perpétuos em todo o ecossistema DeFi. Sua jornada começou em 2017, quando arrecadou US$ 2 milhões em uma rodada seed, liderada pela a16z e Polychain, com uma valuation de US$ 10 milhões. A primeira versão, Expo, operava na mainnet da Ethereum, facilitando a negociação de tokens alavancados que representavam posições longas e curtas do ETH.
Para contornar o aumento das taxas na mainnet durante o DeFi Summer de 2020 e evitar a falência do protocolo (eles chegaram a subsidiar as taxas de gás dos traders), a equipe optou por migrar para uma solução de segunda camada zk Starkware em 2021. Após o lançamento da L2, o volume de negociações aumentou significativamente, atingindo cerca de US$ 30 milhões por dia e gerando mais de US$ 100 bilhões em volume.
Apesar de operar em uma L2, ficou claro que a escalabilidade na Ethereum seria um desafio, levando-os a migrar para a Cosmos em 2023 com a versão totalmente descentralizada, a dYdX v4. Recentemente, a dYdX v4 ultrapassou a Uniswap em volume de negociações, de acordo com o CoinMarketCap.
Devido à sua forte geração de receita e às captações bem-sucedidas (a última em 2021, liderada pela Paradigm, com mais de US$ 65 milhões), a dYdX tem oferecido incentivos para atrair traders para sua plataforma, incluindo um programa em andamento no momento desta publicação. Portanto, se você está interessado em operações alavancadas, esta é uma excelente oportunidade para aproveitar recompensas extras.
Secret
Lançada em 2020, a Secret Network é uma blockchain pioneira que introduziu os primeiros contratos inteligentes com preservação de privacidade, permitindo a construção de aplicativos descentralizados e sem permissão, mas com privacidade. A tecnologia subjacente da Secret Network utiliza Ambientes de Execução Confiável (TEEs) para processamento de dados criptografados e chaves de visualização para controle de acesso, transformando a rede em um hub de privacidade para a Web3, com foco em interoperabilidade, escalabilidade e descentralização.
Em 2024, a Secret Network planeja integração com ecossistemas como Ethereum, através de iniciativas como a Secret EVM, que permitirá a portabilidade automatizada de código Solidity para contratos CosmWasm (linguagem Cosmos WebAssembly), semelhante ao projeto Solang na Solana. Em termos de Comunidade, a Secret pretende investir em Bens Públicos, além de alocar recursos para SCRT e estabelecer uma nova tokenomia. Com a crescente demanda por privacidade e a integração prevista com a Ethereum neste ano, é vantajoso considerar o staking de SCRT.
Stride
A Stride é uma blockchain que oferece staking líquido para tokens do ecossistema da Cosmos, permitindo aos usuários ganhar rendimentos tanto do staking quanto de yields (empréstimos e pools de liquidez) no DeFi da Cosmos, através do IBC. Atualmente, a rede suporta os tokens ATOM, OSMO, TIA, DYDX, INJ, STARS, EVMOS, LUNA, UMEE, JUNO, CMDX e SOMM. No entanto, a Stride planeja expandir por todo a Cosmos para incluir uma ampla gama de tokens até o final de 2024, como DYM, AKT, SCRT, KAVA, KUJI, ROSE, CRO, entre outros.
Nos últimos quatro meses, o TVL (Total Value Locked) da Stride aumentou 5 vezes, atingindo atualmente cerca de US$150 milhões. Os tokens TIA, ATOM e OSMO representam mais de 90% da plataforma. Nesse mesmo período, o token nativo da Stride, STRD, teve uma valorização de mais de 1000%.
Na última 2ª feira, a Modular Crypto fez uma LIVE especial sobre o Estado DeFi Cosmos. Durante a transmissão, Guelfi e Kury demonstraram como interagir com a plataforma e compartilharam uma estratégia para aproveitar a competição com a concorrente MilkyWay.
Noble
Noble é uma app-chain desenvolvida especialmente para a emissão de ativos nativos no Cosmos e no vasto ecossistema de Comunicação Inter-Blockchain (IBC) composto por mais de 50 blockchains. Com nome inspirado nos elementos menos reativos da tabela periódica, a Noble pretende ser uma ilha de estabilidade para emissores de ativos no ecossistema Cosmos. Atualmente, além de tokens RWA, a Noble é emissora da stablecoin da Circle nativa na Cosmos, tendo mintado mais de $115 milhões de USDC desde Novembro do ano passado.
Embora a mainnet tenha sido lançada em 2023, a Noble ainda não possui token nativo e em Outubro/23 arrecadou US$3,3 milhões em uma rodada de investimento seed liderada pela Polychain Capital. Embora a Noble não seja uma dApp que possamos interagir, convém ficar de olho nas possibilidades de airdrop em integração com outras redes, como a Celestia.
Bônus ALPHA 👀 - Babylon
A Babylon é pioneira ao oferecer o Bitcoin, o ativo mais descentralizado do mundo, para o ecossistema Proof-of-Stake (PoS). Através de um conceito modular, a Babylon permite que os detentores de Bitcoin ganhem rendimentos ao colocar seus BTC ociosos em staking, aumentando assim a segurança das redes PoS. O diferencial é que isso é feito sem a necessidade de conectá-los diretamente às redes PoS ou através de bridges. Além disso, como é projetada como um plug-in modular que conecta redes sobre redes, a Babylon não só permite o staking de BTC, mas também possibilita a construção e integração de protocolos de restaking. Em breve, a Babylon possibilitará o restaking de BTC enquanto ele permanece na rede nativa, abrindo um novo e importante caso de uso para o Bitcoin e dando um passo significativo em direção à sua integração com a economia de Proof-of-Stake. Ainda em testnet, a Babylon já integrou mais de 45 redes do ecossistema Cosmos ao Bitcoin.
Em Dezembro do ano passado, a Babylon levantou US$ 18 milhões numa rodada liderada pela Polychain Capital e a Hack VC. Então fique de olho, que este projeto está prometendo desbloquear 21 milhões de BTC para dar mais segurança ao DeFi.
Conclusão
Esta foi a primeira parte do nosso guia de “10 protocolos para interagir no Cosmos”. Na próxima semana traremos para você os demais, incluindo alguns protocolos não tão badalados, porque na Modular Crypto você já sabe que nós trazemos para você a informação em primeira mão, sempre com alguns alphas 😉
Até a próxima semana!
Antes de terminar, gostaríamos de lembrar que o conteúdo discutido aqui é estritamente informativo e destinado a fomentar a discussão geral. Não deve ser interpretado como recomendação financeira, fiscal ou conselho de vida para qualquer indivíduo. Encorajamos fortemente que você faça sua própria pesquisa e consulte profissionais qualificados.
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Muito bom uai,.como sempre um excelente trabalho!